Ansiedade
Citações & Experiências
“A ansiedade é um problema humano típico. Tem sido chamada
de emoção oficial de nossa era e base de todas as neuroses.
Ela nos corrói a todos, sugando energias e destruindo bons
sentimentos. Ela nos distrai, dividindo nossa mente de forma
que a concentração esvoaça de um lado para outro como um
pássaro solto dentro de uma casa.
“Algumas vezes a ansiedade nos sobrevém de maneira
incontrolável, fazendo-nos congelar em nosso caminho. Para
algumas pessoas, a ansiedade dura dias, semanas e até anos,
incapacitando-as de encontrarem um escape na vida em si. Uma
praga assim tão difundida demanda muito estudo e atenção. No
entanto, não há concordância razoável quanto ao que causa a
ansiedade. E ainda há mais incertezas quanto ao que ela
realmente é”. – Lloyd M. Perry & Charles Sell, Pregando
Sobre os Problemas da Vida, págs. 67-68.
“A ansiedade é uma emoção, como o medo. De fato, alguns
psicólogos não fazem distinção entre medo e ansiedade. John
Altrocchi descreve a ansiedade como “estado emocional
doloroso, marcado por inquietude, alarme ou medo e
acompanhado por certo grau de excitação autônoma do sistema
nervoso”.
“Essa mesma definição ele dá ao medo. Diz que os efeitos
físicos dos dois não são distinguíveis. Esses efeitos são a
taquicardia incomumente forte, respiração curta ou rápida,
tremores, suor, tensão muscular, secura da boca, mudanças no
timbre de voz e desmaio. A pessoa ansiosa pode sofrer outras
modificações do estado somático que nem consegue perceber:
pressão arterial elevada, secreção gástrica aumentada ou
diminuída e mudanças na resistência elétrica da pele. A
ansiedade algumas vezes cria paralisia e fortes dores de
cabeça”. – Idem, pág. 68.
“Um grau elevado de ansiedade pode diminuir a capacidade de
atenção, tornar a concentração difícil, afetar adversamente
a memória, impedir bom desempenho em habilidades pessoais,
interferir na solução de problemas, bloquear a comunicação
eficiente e suscitar pânico. Embora temor e ansiedade sejam
semelhantes, os psicólogos geralmente fazem distinção entre
os dois. O termo medo é usado quando a pessoa está na
presença ou expectativa de algum perigo real, muitas vezes
físico. Sempre que existe medo, sem qualquer perigo
aparente, ele é descrito como ansiedade. Essa e outras
diferenças tornam útil a manutenção de uma distinção”. –
Ibidem.
Espécies de Ansiedade
A ansiedade não é facilmente classificada em diferentes
espécies. Mas parece que se manifesta em nossa vida de
maneiras diferentes, sendo útil uma classificação de suas
modalidades.
Ansiedade Aguda
Algumas vezes a ansiedade pode ser aguda; ela surge rápida e
intensamente. Os seus resultados físicos e emocionais fazem
dela um problema psicológico.
Ansiedade Crônica
A ansiedade crônica, em contraposição à aguda, é persistente
e duradoura, mas menos intensa. As pessoas que sofrem dessa
espécie de ansiedade estão preocupadas a maior parte do
tempo e têm medo especialmente de qualquer situação
ameaçadora. A pessoa perpetuamente preocupada muitas vezes
se distrai de suas obrigações e experimenta outras
características da ansiedade, incluindo, possivelmente,
problemas físicos.
Tanto a ansiedade crônica como a aguda são consideradas
anormais. Essas condições incluem sentimentos intensos e
exagerados de abandono e terror, mesmo quando o perigo é
mínimo ou inexistente. As pessoas que chegam a esses
estágios não conseguem resolver os seus problemas de maneira
racional.
Ansiedade Geral
Estamos usando a expressão ansiedade geral para
descrever os sentimentos ansiosos que todos os seres humanos
têm simplesmente porque são humanos. Os psicólogos e os
teólogos concordam em reconhecer essa condição como sendo
universal. Wallace Kennedy, psicólogo, volta-se para a
filosofia para explicar plenamente a ansiedade ao escrever:
“Kierkegaard disse que a ansiedade é o preço que pagamos por
estarmos no mundo, um resultado natural do fato de estarmos
plenamente conscientes da natureza das coisas”.
Gordon Jackson chama-a de “ansiedade teológica”. Ele a
descreve quase poeticamente: “Não nos sentimos completamente
satisfeitos com o estofo de que são feitas as nossas vidas:
coisas, trabalhos, relacionamentos. Sabemos que a ferrugem
consome, os ladrões minam e roubam, os sinos dobram. Podem
estar dobrando por um amigo, um cônjuge, por mim. Existo...
pode ser que amanhã não mais”.
A ansiedade geral é causada pelo estado humano de
incapacidade diante dos fatos. A vida consiste de um passo
após outro. Cada passo está cheio de ameaças. Ao virar a
esquina podemos encontrar o perigo e até a morte. Somos
sempre impelidos para o futuro.
Os Males Que Causa a Ansiedade
“Estar preocupado é normal e até vital para resolver
problemas que surgem cotidianamente. Viver preocupado não é
saudável e quase nunca resolve alguma coisa.
“Ansiedade parece uma fome avassaladora. Fica-se com tanta
vontade de se conseguir algo, que nos atiramos com todas as
nossas forças, passando por cima de tudo em direção ao nosso
alvo. Passamos por todos os níveis de desejo, até mesmo
apropriação violenta, e isso não é bom...” – Cláudio Alves
Meirelles e William Lira Felício, Supere Seus Limites, pág.
65.
“Quando preocupados e ansiosos, nosso mundo fica abalado. Os
reflexos dessas duas coisas em nossa vida são inúmeros, como
por exemplo:
1.
Atrapalham a pensar – Toda energia mental se
volta para o alvo da preocupação e da ansiedade. Novas
idéias, portanto, não são geradas, e não há vontade de
refletir e meditar; passamos apenas a reagir e responder aos
‘gritos urgentes’ da ansiedade.
2.
Roubam o nosso tempo – Nossas horas são
invadidas pela preocupação. Não conseguimos relaxar e
dedicar tempo adequado para os amigos e família, para a obra
de Deus e para o relacionamento com Ele. Afinal, como
podemos ficar envolvidos com tudo isso quando ‘há problemas
tão sérios para se pensar?’
3.
Cansam o corpo – Embora os médicos ainda não
tenham conseguido explicar muito bem, o fato é que o estado
de nossa mente afeta nosso corpo. Pessoas ansiosas não se
sentem bem, não se alimentam corretamente, ficam irritadas,
perdem o sono e ficam estressadas.
4.
Impedem a ação – Ficamos tão envolvidos com
coisas que às vezes não podemos tocar, que não planejamos
outras atividades e não executamos o que nos é proposto.
Diante de nossos olhos só existe uma coisa: respostas para
nossa preocupação e ansiedade.
5.
Minam a confiança em Deus – Quanto mais nos
preocupamos, maior tornamos o problema, e maior (sic)
acreditamos ser a possibilidade de resolvê-lo. O problema
torna-se maior do que Deus quando o deixamos roubar o tempo
que devíamos passar com Ele”. – Cláudio Alves Meirelles e
William Lira Felício, Supere Seus Limites, págs. 67-68.
Como Superar a Ansiedade:
1.
Mude a direção –
Se você continuar a caminhar em direção ao mundo
este só vai lhe retribuir com sensações vazias e ansiedade.
Pode acreditar, pois milhões de pessoas já fizeram este
caminho e voltaram para Deus somente com esta bagagem: dor,
preocupação, ansiedade e frustração.
2.
Procure alívio –
Escolhendo outro caminho você deve esquecer as
coisas que trouxe de suas jornadas anteriores. Estar
aliviado de uma carga se inicia com [o ato de] livrar-se
dela. Esqueça o passado.
3.
Mude seu conteúdo –
Existem à sua disposição cargas mais leves e suaves, que
suprem de forma muito melhor suas necessidades do que todo o
peso da carga do mundo.
Se disponha a descansar – Solte um pouco a direção.
Deixe que Cristo conduza você. Confie! Afinal, Ele conhece o
caminho muito melhor.
“O próprio envelhecimento em si é uma ameaça. A mulher que
não conta mais os seus aniversários está tentando enfrentar
essa ameaça pela negação. Considerada dessa maneira, a
ansiedade geral é causada pelo ato do viver propriamente
dito, visto que a vida deve continuar indefinidamente. A sua
continuação está cheia de ameaças ao eu e à existência. Por
essa razão, alguns a chamam de “ansiedade existencial”. –
Extraído de Lloyd M. Perry & Charles Sell, Pregando Sobre os
Problemas da Vida, págs. 68-69.
“Como você, às vezes sou tentado ao desânimo. As pessoas me
desapontam e impaciento-me com grupos e instituições. Mas
percebo quando estou ficando desiludido e reconheço que é
hora de orar, de voltar os olhos para o Senhor e não
colocá-los no que penso das pessoas e suas reações”. – Lloyd
John Ogilvie, Caindo na Grandeza, pág. 19.
“Na prática, o que significa entregar nosso problema a Deus?
Primeiro, devemos desligar-nos do problema. As palavras do
profeta, ao retratar uma torre erigida num local elevado de
onde se tem uma ampla visão e uma excelente perspectiva [Habacuque
2:1-3], sugerem esta interpretação.
“O vigia está muito acima das planícies e das multidões,
ocupando uma posição vantajosa, da qual ele pode ver tudo o
que acontece. “Vigiarei para ver o que Deus me dirá”. Ora,
aqui está um dos mais importantes princípios da vida cristã,
a compreensão de como combater no conflito espiritual. Uma
vez que confiamos o problema a Deus, já não temos por que
preocupar-nos com ele. Devemos voltar-lhe as costas e fixar
os olhos em Deus”. – D. Martyn Lloyd-Jones, Do Temor à Fé,
págs. 39-40.
“O que acontece com tanta freqüência é isto: Ajoelhamo-nos e
contamos a Deus o que nos preocupa; dizemos-lhe que não
podemos solucionar a dificuldade; que não podemos entender;
e pedimos-lhe que trate do problema e nos mostre o Seu
caminho. Então, no momento em que nos levantamos, começamos
a preocupar-nos de novo com o problema.
“Ora, se fazemos isto, não há razão para orar. Se levamos o
problema a Deus, devemos deixá-lo com Ele. Não temos o
direito de continuar preocupados. Em sua perplexidade,
Habacuque diz: Vou sair deste vale de depressão; vou para a
torre de vigia; vou galgar as alturas; vou olhar para Deus e
para Ele somente” – um dos mais importantes segredos da vida
cristã!” – Martyn Lloyd-Jones, Do Temor à Fé, págs. 40-41.
“Assim, entregando-me e entregando meu problema a Deus, devo
persistir em buscar com a confiança de que Ele responderá.
Desonramos a Deus se não procedermos dessa forma. Se creio
que Deus é meu Pai, e que os próprios cabelos de minha
cabeça estão todos contados, e que Deus está muito mais
interessado em meu bem-estar do que eu próprio; e se creio
que Deus está muito mais interessado do que eu na honra de
Seu grande nome, então certamente desonro a Deus se não
esperar uma resposta à minha oração.
“Nada revela tanto o caráter de nossa fé como o que faremos
depois de havermos orado. Às vezes, oramos a Deus numa hora
de pânico; depois, passado este momento, esquecemo-nos do
que pedimos. A esperança da resposta é o teste da nossa fé.
O profeta pôs-se a vigiar na fortaleza. Embora não
conseguisse entender as ações de Deus, levou o problema a
Ele e procurou a resposta”. – Martyn Lloyd-Jones, Do Temor à
Fé, pág. 45.
“A maior parte da nossa vida se consome na espera do que
acontecerá a seguir. Esperar notícias do filho distante, a
nota do exame final, a chegada de um longo vôo no aeroporto,
as férias, uma promoção, o resultado do exame médico, a
resposta evasiva de uma oração – como é difícil esperar! No
entanto, o que fazemos com o tempo de espera da vida é que
determina o tipo de pessoa em que vamos nos transformar”. –
Richards Bewes, Dito e [Às Vezes] Feito, pág. 78.
“O modo bíblico é viver pela fé. “O justo viverá pela sua
fé”. Fé significa aceitar a Palavra de Deus do jeito que ela
é e atuar de acordo com ela, porque é a Palavra de Deus.
Significa crer no que Deus diz simples e exclusivamente
porque Ele o disse. Os heróis da fé mencionados no capítulo
11 de Hebreus creram na Palavra de Deus simplesmente porque
Ele havia falado. Não tinham nenhum outro motivo para crer
nela. Por exemplo, por que Abraão tomou a Isaque e o levou
ao monte? Por que estava ele disposto a sacrificar o filho?
Simplesmente porque Deus lhe disse que o fizesse.
“Mas o viver pela fé é mais do que isso. Significa basear
toda a nossa vida na fé em Deus. O segredo dos personagens
do Antigo Testamento era que viviam “como quem vê Aquele que
é invisível”. – Martyn Lloyd-Jones, Do Temor à Fé, pág.
59.
O Que Diz Ellen White Sobre o Assunto:
“Vós que suspirais por alguma coisa melhor do que as que
este mundo oferece, reconhecei nesse anelo a voz de Deus à
vossa alma”. – Caminho Para Cristo, pág. 28.
“Paz, eis a vossa necessidade – o perdão, a paz e o amor
celestes em vossa alma. O dinheiro não a pode comprar, não a
consegue a inteligência, nem a sabedoria a alcança. Mas Deus
vo-la oferece como um dom, ‘sem dinheiro e sem preço’. Ela
vos pertence: basta que estendais a mão e a apanheis”. –
Caminho Para Cristo, pág. 49.
“E Jesus nos diz: ‘Considerai os lírios, como eles crescem’.
As plantas e flores não crescem em virtude de seu próprio
cuidado, ansiedade ou esforço, mas pelo recebimento daquilo
que Deus forneceu para lhes servir à vida. A criança não
pode, por qualquer ansiedade ou poder próprio, aumentar sua
estatura. Do mesmo modo não podeis vós, por vossa própria
ansiedade ou esforço, conseguir crescimento espiritual”. –
Caminho Para Cristo, pág. 68.
Para saber mais sobre o assunto, leia: Lloyd M. Perry
& Charles Sell, “Pregando Sobre os Problemas da Vida”, JUERP;
D. Martyn Lloyd-Jones, “Do Temor à Fé”, Editora Vida; Lloyd
John Ogilvie, “Caindo na Grandeza”, Editora Vida; César
Vasconcellos de Souza, “Consultório Psicológico”, Casa
Publicadora Brasileira.
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