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postado em: 13/12/2007
Lições do Grande Mestre 1: Avalie os prós e contras “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lucas 14:28). Andando pelas ruas das grandes cidades, nos deparamos com muitas construções inacabadas. São casas e prédios que se projetam para o céu, ocupando o terreno inutilmente, dando uma visão fantasmagórica de desleixo, imprevidência e abandono. Em nossos relacionamentos e tomadas de decisão, a cada dia, estamos sempre sujeitos – conscientes ou não – a enveredar pelo mesmo caminho destes construtores imprevidentes ou néscios. Quantas pessoas fracassam profissionalmente por arriscar-se a, como se diz, “dar um passo maior do que as pernas”? Quantas famílias desfeitas, filhos desajustados e pessoas traumatizadas por casamentos e uniões que nunca deveriam ter ocorrido? Onde está a falha? Freqüentemente, o que falta são olhos abertos e cabeça no lugar para calcular os reais custos e recompensas da ação. Sem esse cálculo realista, o plano, ainda que bom, carecerá de motivação e impulso pessoal para transformar as idéias em ação. Precisamos estar convencidos de que reservar fundos para o futuro ou desfrutar um relacionamento restaurado vale o esforço e o custo. Os gerentes de negócios, sabendo disso, desenvolveram uma coisa chamada “análise de custo/benefício” para ajudá-los a enxergar o quadro completo. Esta é uma ferramenta destinada a fornecer uma projeção realista do que o proposto curso de atividade exigirá do investidor, bem como da possibilidade real de ganho. Com esta informação, os gerentes de negócios podem tomar decisões fundamentadas e permanecer fiéis a elas sem muitas surpresas ao longo do caminho. Cada um de nós deve agir de modo semelhante quando tivermos de fazer uma escolha difícil acerca do caminho a ser tomado. Seja no papel ou apenas na mente, devemos colocar todos os “prós” (as vantagens, ou possíveis lucros) de um lado da contabilidade e todos os “contras” (desvantagens, ou prováveis perdas) do outro. Esta análise informal irá nos ajudar a escolher, com mais segurança, o rumo que faz mais sentido. Jesus aponta o caminho Nosso Senhor Jesus sugeriu um método semelhante em Lucas 14, onde utilizou duas ilustrações: Uma envolvendo a construção de um edifício e a outra a ida para a guerra. A lição inserida nos dois casos é a mesma: Antes de embarcar em um projeto, some o que você precisará investir – “calcule o custo” – para ter certeza de que vale o esforço e de que será capaz de honrá-lo até o fim. Será que vale a pena comprometer a sua paz e o tempo que poderia passar com a família para simplesmente galgar mais um degrau na hierarquia da sua empresa? Será que compensa manter um negócio, mesmo rentável, quando a sua saúde está indo pelo ralo e você sabe que está sendo roubado por um sócio? Será que é uma “boa pedida” partir para um casamento – unir a sua vida a alguém – quando o único atrativo em jogo é a posição social ou uma conta bancária? O meu sogro dedicou grande parte da vida – inteligência, saúde e sacrifícios – a uma empresa que ele praticamente construiu sozinho. Nesse meio tempo, apareceu um sócio que cuidava da parte financeira e, a sua principalmente, e engordava o patrimônio pessoal enquanto o meu sogro comprometia a saúde. Como ele mesmo me disse várias vezes, antes de falecer, a gota d’água pra ele foi a perda de um dos dedos numa prensa; nesse dia, ele resolveu sair – mesmo sabendo que iria ter grandes perdas em termos de financeiros. Cabe a nós segui-lo. Uma amiga muito querida me telefonou e entrou em contato comigo várias vezes me dizendo que estava noiva e pretendia se casar. Logo depois, quando surgiram alguns probleminhas no relacionamento, ela me perguntou o que eu achava: “Eu devo ou não me casar com este rapaz?” Ora, eu fiz o que todo conselheiro consciente deve fazer: Não disse que “sim” ou que “não”; apenas, apliquei a grande lição que Jesus nos ensinou: “Avalie os prós e os contras, veja se é isso mesmo que você quer!” Em outras palavras, mesmo que você tenha que terminar um noivado – com o casamento já marcado e até os convites distribuídos – não titubeie em fazê-lo se, na avaliação geral, a balança pende muito, em demasia, para os contras. O saldo final é o que conta! Meu sogro, dentro do que realmente teria direito – merecia, fez jus – saiu com bem menos; mas saiu com vida e, detalhe, viveu mais cerca de 24 anos. A minha amiga interrompeu o relacionamento, após uma análise cuidadosa precedida de muitas orações, e, hoje, se encontra feliz e reconstruindo a sua vida. A cada semana estaremos aqui analisando uma das “Lições do Grande Mestre”, Jesus. Lembre-se – sempre – que Ele não apenas veio para morrer por nós, mas, também, veio para nos ensinar como viver. Viver com esperança. Viver com alegria. Viver com qualidade de vida: “... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. Elizeu C. Lira, Editor.