SALVAÇÃO

 

NENHUMA  VANGLÓRIA  POR  CHEGAR  AO  CÉU

 

Falando da salvação pela graça, Moody disse, certa vez: "Boa coisa é que o homem não possa salvar-se a si mesmo; pois se, por si só, pudesse abrir caminho para o Céu, nunca acabaríamos de ouvir-lhe falar disso. Basta que alguém consiga colocar-se um pouco acima de seus semelhantes e acumular alguns milhares de reais para que se lhe ouça afirmar com orgulho que se fez com esforço próprio. Estou cansado de ouvir tais coisas, e alegro-me de que por toda a eternidade nunca ouviremos ninguém no Céu que se possa vangloriar de haver-se aberto para si mesmo o caminho até ali." – Mid Continent.

 

UMA  COLINA  DEVASTADA

 

No Oeste, quando os homens vão caçar, no outono, e já há meses que não chove, às vezes a pradaria pega fogo, começa a soprar um vento forte e as chamas rolam à razão de 30 a 40 milhas por hora, devorando as pastagens.

 

E o caçador? Sabe muito bem que não pode correr com a velocidade do fogo. O mais veloz cavalo não escaparia. Pois o caçador pega o fósforo e põe fogo na relva que lhe está próxima; esse fogo abre clareira na qual ele se coloca. E ali se salva: ouve o crepitar das labaredas; vê a morte que avança; mas não tem que temer porque o fogo já limpou o lugar onde ele está; nada mais pode queimar-se ali.

 

Há uma colina que já foi devastada pela ira de Deus: Calvário. Permaneçam ali, junto à cruz e vocês terão salvação agora e eternamente.

Seara em Fogo.

 

FONTE  PARA  PURIFICAÇÃO

Zac. 13:1

 

No Oriente, vi pessoas se lavarem – milhares lavando-se, sempre lavando-se. No Ganges e outros rios sagrados, na água usada para banhar a deusa Kali, nos tanques dos templos – por toda parte se andam lavando, numa tentativa de remover seus pecados. Para muitos não- cristãos, o pecado é uma contaminação exterior, que deve ser purificada por essas abluções cerimoniais – Meditações Matinais.

 

NOSSA  JUSTIÇA,  COMO  TRAPOS

 

Nas ruas de Bombaim, na Índia, alguém via um pobre coberto de trapos infestados de vermes. Sobre os ombros trazia outros trapos sujos. Parecia que estava sempre à procura de mais trapos imundos, para amontoá-los sobre si. Ao ver aquele infeliz, a pessoa se lembrou do quadro pintado por Isaías ao descrever qualquer membro da família humana sem um Salvador. Em nossa condição de perdidos somos exatamente tão repulsivos como o mendigo maltrapilho e sujo. Despertamos a simpatia de Deus. Seu grande e compassivo coração anela salvar-nos. – Pierson.

 

SALVA  DO  PECADO

Mat. 1:21

 

Um jovem repórter estava entrevistando um professor cristão, que voltara recentemente de uma extensa viagem ao estrangeiro, em visita de inspeção às missões. "Senhor", disse o jovem, "de todos os países onde esteve, de todos os contatos com homens eruditos de terras estrangeiras, conte-me por favor algumas de suas impressões mais vivas." O velho e bondoso educador colocou a mão sobre o ombro do jovem, fitando-lhe os olhos. "Amigo", respondeu, "de todos os grandes homens do mundo, dois fatos se destacaram dentre todos os demais. O primeiro é que sou um grande pecador. O segundo é: Jesus Cristo é um grande Salvador."

Meditações Matinais.

 

ÁGUA  À  VISTA

 

O Evelyn Endicott, cargueiro, de Pará para Boston seguiu o seu rumo sob sol causticante. O vigia avistou um ponto dançando sobre as ondas de calor ao lado direito. Discerniu que era uru bote aberto com quatro homens.

O cargueiro mudou o rumo e dentro de trinta minutos estava bem próximo do bote.

"Água, Água!", gritou um dos homens da pequena embarcação. "Estamos morrendo de sede!" "Apanhem água!", exclamou o marinheiro pelo megafone. "Há água doce em todo o redor. Estão na boca do Amazonas – somente 75 milhas da costa." (A boca do Amazonas é de 207 milhas de largura).

 

"ESPEREM – A  LUZ  VIRA!"

 

Lá nas alturas das montanhas suíças ficava a casinha de um lavrador e sua família. Aconteceu, certo inverno, que uma avalanche desabou sobre ela, enterrando-a. Durante semanas o frio tornou dura como gelo aquela massa de neve, de maneira que era impossível tentar o salvamento dos enterrados vivos. Um dia a mãe teve de dizer:

– Se não mudar o tempo logo, ficaremos no escuro completo, pois o azeite da candeia se está acabando...

Chegou o momento, extinguiu-se o último bruxuleio, e as crianças gritavam:

– Papai, ficou noite!

Antes, porém, de se mergulhar a casinha em trevas completas, o pai apontou para a beira superior da vidraça da sala, e explicou:

– Vejam, crianças, dentro de alguns dias há de aparecer lá um reflexo de luz. O Sol está brilhando no Céu, embora não o vejamos, e ele vai derreter a neve.

A pequena luz apagara-se, logo depois extinguiu-se também a última brasa no fogão. As crianças meteram-se na cama, e quando queriam queixar-se, dizia o pai:

– Fiquem quietos, logo aparecerá a claridade na vidraça, pois o Sol está brilhando lá fora!

Bem sentia ele o medo que oprimia as crianças. Estas já não davam crédito ao consolo que ele lhes apresentava, e só esperavam a morte. Todavia, sempre o pai as animava:

– Esperem, que a luz virá!

No auge da angústia perceberam uma pálida réstia de claridade na vidraça. Gritou então uma das crianças:

– Papai, já vem a luz!

E o homem saltou da cama e, pondo-se de joelhos, orou: "Senhor Deus, eu Te dou graças, por mandares a Tua luz!"

Mais e mais se distanciou a réstia, ouvia-se já o ribombar da tempestade que havia fora, e aquelas grossas muralhas de neve se derreteram. Por fim a luz penetrou a sala toda, e veio logo o livramento...

Apenas dois dias a família tinha passado em trevas completas, como depois lhes disseram. Para os soterrados, porém, pareciam meses. E aquele homem, que exclamou: "A luz virá!", não só foi obrigado a esperar, mas também soube esperar!

"Este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará." Pode parecer aos filhos de Deus muito longa a noite deste mundo – e de fato é. Mas, "esperem, que a luz virá"! – Extraído.

 

O  CHINÊS  CHANG  E  O  ATEU

 

O chinês Chang, certa vez, foi interrogado por um ateu:

– Qual é a primeira coisa que você fará ao chegar ao Céu?

Respondeu Chang:

– Em primeiro lugar, buscarei o Senhor Jesus para agradecer-Lhe por me haver salvo.

– Bem, e a seguir o que fará?

O chinês meditou um pouco, e respondeu:

– A seguir, procurarei até encontrar o missionário que veio a meu país, e me falou de Jesus Cristo, e quero agradecer-lhe por ter vindo.

– Está bem, mas que fará lá além disso? – indagou o ateu com um sorriso zombeteiro.

– A seguir, disse Chang, procurarei a quem deu o dinheiro de modo a permitir que o missionário viesse, e desta forma eu pudesse conhecer a Cristo e ser salvo, pois também desejo agradecer-lhe.

Ao ouvir isto o ateu retirou-se para nunca mais aparecer.

Oswald J. Smith.

 

SALVO  PELA  GRAÇA

 

Alguns anos depois da morte de Hunt, um ateu inglês visitou Fidji. Ele sabia o que tinha sido aquela ilha, viu a transformação que nela se operara, mas não cria em Deus, que fora o Autor dessa transformação. Disse a um velho chefe fidjiano, que tinha aparência de muito civilizado e respeitável:

– Você é um grande chefe, e é uma lástima que seja tão tolo que dê ouvidos aos missionários, que para cá vieram só para ficar ricos. Hoje em dia ninguém mais acredita naquele velho livro que chamam Bíblia; tampouco acreditam os homens naquela história acerca de Jesus Cristo. Hoje o povo tem mais conhecimentos eu tenho pena de vocês que são tão tolos.

Os olhos do velho brilharam, e ele respondeu:

– O senhor vê aquele forno ali adiante? Naquele forno nós assassinamos corpos humanos, para nossos grandes banquetes. Se não fossem esses bons missionários, e aquele velho Livro, e Jesus Cristo, que nos transformou de selvagens para filhos de Deus, o senhor seria morto e torrado naquele forno, e em três tempos nos banquetearíamos com o seu corpo. – Tidings.

 

UMA  PERGUNTA  INCONTESTÁVEL

 

Faz alguns anos, um ministro escocês, um verdadeiro homem de Deus, se inclinou no púlpito, no início do seu sermão e disse em tom solene:

– Meus amigos, tenho uma pergunta a fazer-lhes. Eu não posso respondê-la e nem tampouco vocês. Nem um anjo do Céu, nem o diabo a responderia.

Um silêncio fúnebre reinou na congregação. Todos os olhares fixavam-se no pastor, que prosseguiu, dizendo:

– A pergunta é esta: "Como escaparemos, se rejeitamos tão grande salvação?" – C.H. Spurgeon.

 

BUSCAI  AO  SENHOR

 

Utilizando Jer. 29:13, poderemos mostrar a qualquer pessoa que achará certamente a Cristo quando o buscar de todo o coração.

Um pastor falando uma vez com uma mulher depois do culto, ela disse: "Há dois anos que estou procurando a Cristo sem poder achá-Lo."

Ele respondeu: "Eu posso dizer-lhe quando o poderá achar." Ela ficou surpreendida. Então ele abriu a sua Bíblia em Jer. 29:13 e leu: "buscar-Me-eis e Me achareis, quando Me buscardes de todo o vosso coração."

"Eis aqui bem explicado quando poderá achar Cristo: é quando o buscar com todo o seu coração. Já fez isto?" Após um momento de hesitação, respondeu: "Não senhor, ainda não fiz assim." "Neste caso ajoelhemo-nos agora mesmo e confessemos isto a Deus." Ela assim o fez e em pouco se estava regozijando em Cristo. – R.A. Torrey.

 

DUVIDOSO

 

Uma noite, após o culto, um pastor se deparou com um jovem ajoelhado, manifestando grande angústia, Logo que ele se levantou o pastor tratou de mostrar-lhe pela Bíblia Sagrada como Jesus tinha carregado os seus pecados. Perguntou-lhe se não aceitava a Jesus, ao que respondeu que sim; porém não pareceu ter raiado para ele a alegria da salvação, porque se retirou com o mesmo desespero.

Na noite seguinte apareceu, professando ter aceito a Cristo, mas muito duvidoso quanto aos seus pecados terem sido perdoados. O pastor procurei mostrar-lhe na Palavra Divina o que Deus mesmo diz daqueles que aceitam o Salvador, mas sem obter resultado algum. Mostrei-lhe que segundo João 3:36, Deus diz que aquele que crê no Filho tem a vida eterna. Quando se despediu, perguntou-me: "Vai orar por mim?" "Certamente", foi a resposta. Tinha ele andado um pouco pelo corredor abaixo, quando o pastor o chamei e lhe perguntou: "Você crê que eu orarei por você?" Ele olhou para o pastor, muito admirado, e respondeu: "Certamente, por que não?!"

Perguntei-lhe mais: "O que o faz pensar que eu orarei por você?" "Porque o senhor disse que o fará." Então o pastor respondeu:: "Não vale a Palavra de Deus tanta confiança quanto a minha?" Ele viu, num momento, o erro em que laborara, dando mais importância à palavra do pastor que à própria Palavra de Deus, e logo teve a certeza de que tinha a vida eterna tão-somente pelo fato de confiar no que diz a Palavra de Deus. – R.A. Torrey.

 

FAZENDO  CERTA  A  SALVAÇÃO

 

Quatro viajantes não familiarizados com o caminho pelo qual transitavam encontraram-se num trecho onde o caminho se bifurcava. Começaram a procurar algum aviso que lhes indicasse qual o caminho a seguir. Pouco depois um deles disse:

– Parece-me que vejo uma tabuleta adiante.

– Parece-me que a vejo, mas deve estar a  ¾  de quilômetro – disse o outro.

– Eu estou quase certo de que está mais alta do que a podemos ver – disse o terceiro.

– Bem, – disse o quarto – pode ser que tenham razão e podem estar equivocados; porém o melhor é que nos aproximemos para vê-la, porque enquanto nos conserva1nos a esta distância nada poderemos dizer com certeza se é ou não uma placa indicativa do caminho a seguir.

Aproximemo-nos do Salvador de pecadores e não nos conformemos em estar "pensando ou imaginando" ou "quase certos" de que Ele é o Redentor. Procuremos ver o Salvador tão distintamente como podemos ver o Sol no Céu e exclamemos com toda a convicção e fervor do apóstolo Tomé: "Senhor meu e Deus meu." – Comper Gray.

 

COMO  SE  ACHAM  AS  PÉROLAS

 

As pérolas acham-se dentro de certos mariscos ou conchas semelhantes às ostras, que vivem nas profundezas do mar, Para apanhá-las empregam-se escafandristas, homens acostumados a submergirem na água. Estes tiram os mariscos nos quais se criam as pérolas e as põem em montões até que apodrecem, lavando-as depois e tirando as pérolas.

Isto se aplica maravilhosamente ao nosso caso. Cristo baixou à profundidade de nossa miséria e degradação; desceu ao fundo das águas do pecado e da maldição para buscar-nos e resgatar-nos do fogo da condenação.

Quando vemos as pessoas na podridão por culpa dos seus vícios, mentiras, enganos, violências, idolatrias e coisas semelhantes, mal imaginamos que tais montões de corrupção possam dar a Cristo pérolas de grande preço. Milhões têm sido tirados por Ele dali e milhões mais se tirarão. – Sembrador A.L.

 

O  PURO  ENTRE  IMPUREZAS

 

Relata certo escritor este incidente ocorrido com ele e outra pessoa ao descerem uma mina de carvão de pedra.

Ao passar por certo lugar viram uma planta perfeitamente branca. Os visitantes surpreenderam-se grandemente por não haver nenhum pó preto do carvão sobre a planta. Um mineiro que estava com eles arrojou um punhado do pó preto sobre o pequeno arbusto mas nenhuma partícula do carvão ficou na planta, pois ela era coberta com uma espécie de esmalte maravilhoso que não deixava aderir nada. Vivendo ali entre nuvens de pó preto, nada poderia manchar a sua brancura.

Esta planta representa um quadro que cada cristão deve tomar como modelo. Há uma influência profana que nos está rodeando continuamente; porém a nossa missão é estar sempre limpos entre tanta impureza. Se Deus pode fazer uma planta tão maravilhosa, certamente por sua graça Ele pode transformar os nossos corações. O que pode guardar sem mancha a pequena planta, branca como a neve, entre as nuvens de carvão, pode guardar-nos da contaminação neste mundo de pecado. – Seleto.

 

TOMAR  EM  VEZ  DE  PEDIR

 

Certa ocasião um pastor perguntou a um fazendeiro se já gozava da salvação de Cristo. "Ainda não; mas tanto minha mulher como eu andamos ansiosos a esse respeito. Não passa um só dia sem que leiamos um capítulo da Bíblia e peçamos a Deus que nos salve."

– Então pedem a Deus que os salve?

– De certo, senhor.

– Pois desculpe-me a franqueza, mas preciso dizer-lhe que o senhor e sua mulher estão equivocados. O caso não é de pedir, mas de tomar. Deus quer que se reconciliem com Ele. Não há necessidade nenhuma de estarem aí a pedir a Deus a salvação, quando Ele mesmo diz que "estava em Cristo reconciliando o mundo consigo". O que precisam fazer é crer na Palavra de Deus e confiar no ministério expiatório de Cristo.

– Quer dizer então, que não precisamos perder tempo pedindo a Deus salvação?

– Exatamente. Cristo já fez na cruz o que era preciso. Deus quer que o senhor creia ser o sangue de Cristo a perfeita propiciação pelos pecados.

– Na verdade, não me ocorreu nunca que a salvação fosse de aquisição tão fácil. Creio que a morte de Jesus basta para me livrar de meus pecados.

– Jesus diz: "O que crê em Mim tem a vida eterna."

– Agora sim! – observou o fazendeiro. – Vejo tudo claramente. Antes andava com a vista vendada.

Com isso, eles se separaram. Meses depois o pastor tornou a se encontrar com ele. Estava feliz e contente por ter aceitado a dádiva de Deus, que é a vida eterna, em vez de continuar a pedi-la. Informou-lhe mais que sua esposa a aceitara também. Deixaram de pedir salvação a Deus, tratando logo de a tomar, agradecendo ao Altíssimo tão assinalada prova de Seu infinito amor. – Guia do Viajante.

 

SANGUE

 

Pode-se assegurar que a religião que deprecia o sangue de Cristo vem do diabo. Não importa a eloqüência do ministro, porque, se prega contra o sangue de Cristo, está fazendo a obra de Satanás, portanto não deve ser escutado nem tão pouco crido. Cristo derramou o Seu sangue para o perdão dos nossos pecados, e este é o Evangelho que Paulo pregou. Deus O tem honrado e Ele é a salvação dos homens. – Moody.

 

POR  QUE  NÃO  LHE ABRIR?

 

Na mui conhecida tela de Holman Hunt A Luz do Mundo há um casebre negligenciado, e em ruínas. Em frente da janela levantam-se grandes cardos e a cizânia cobre o atalho. A porta está coberta de musgo. Diante da porta bem fechada, de gonzos enferrujados, acha-se, na obscuridade e no sereno, um homem de estatura grande e possante, cujo rosto revela cansaço e fadiga. Uma das suas mãos está levantada para bater, enquanto a outra segura uma lâmpada cujo raio talvez possa penetrar por uma fenda da porta.

É o Cristo, Filho de Deus, procurando entrar em nosso coração pecador!

Quando Holman pintou este quadro maravilhoso do Rei coroado de espinhos, do lado de fora batendo, mostrou a tela na sua oficina a um de seus melhores amigos, antes de apresentá-la ao público. O amigo examinou a figura real de Cristo, a porta rude e escabrosa, a cizânia que cobria e de repente disse:

– Mas, você cometeu uma grande falta!"

– Qual? – perguntou o artista.

– Você pintou uma porta sem maçaneta.

– Não é um erro, – disse o artista – esta porta não tem maçaneta por fora: ela está por dentro.

Numa reunião missionária, este quadro foi projetado pela lanterna mágica num pano. Diante dele estavam sentados um trabalhador e o seu filhinho. Este tocou no pai e lhe perguntou: "Papai, por que não o deixam entrar?" O pai, não sabendo que dizer, respondeu: "Suponho que não desejem a entrada dEle." Depois de um instante de reflexão, o menino disse:

– Não, papai, não é isso, todos necessitam dele.

Depois de um novo silêncio, replicou:

– Papai, sei porque não O deixam entrar: vivem nos fundos da casa.

 

Aquele que recusa receber a Jesus Cristo na sua vida sempre tem um motivo: às vezes é o desejo de permanecer atrás, fora da vista. Vive nos fundos da casa.

 

GRANDES  ALMAS  PERECEM

 

O prof. J. Arthur Thompson, em seu livro Costumes de Vida, fala acerca dos desertos marítimos onde quase não há vida.

Se quisermos compreender o mar, imaginemos as grandes massas de algas marinhas que flutuam em extensa área de água salgada.

A abundância do pequeno peixe-cavalo depende das "moscas marítimas", e estas, de animaizinhos que teriam o alimento das algas e de plantas ainda menores, quase invisíveis.

Algumas partes do oceano são desabitadas; a oeste da Patagônia, por exemplo, encontra-se o Pacífico Sul, verdadeiro deserto marítimo, onde não há peixes e limitado é o número de aves que ali vagueiam, tudo isso pela ausência das algas.

Nessa região, encontra-se no fundo do mar uma descomunal quantidade de dentes de tubarões, restos dos enormes monstros marinhos que penetram no "mar deserto" e morrem de fome sem achar a saída de semelhante mar da morte.

Nenhum homem, pigmeu ou gigante espiritual, pode 'fazer peregrinações seguras nos costumes infrutíferos da morte e pecado em que as águas deixam de ser ricas em vida.

Em tal situação, mais cedo ou mais tarde, aqueles que seriam os mais fortes, pereceram deixando tristes recordações de sua partida das águas vivas e férteis de Deus. – L.A. Whiston.

 

O  PERDÃO  DO  IMPERADOR

 

Oto I, chamado "Oto o Leão", imperador do Santo Império Romano, estava reverentemente assistindo, à meia noite, na catedral de Quedlinburg, a uma missa. Ele acabava de voltar do campo de batalha, cheio de glórias, por ter vencido as forças de seu irmão Henrique, que três vezes se rebelara contra ele. De repente, porém, as portas se abriram e um homem vestido com roupas de penitente lançou-se aos pés do imperador. "Ó irmão" – clamou ele – "meu irmão, perdoa-me!" O imperador olhou-o com escárnio e disse friamente: "Duas vezes perdoei você e não mais o farei. O decreto já foi assinado e você morrerá."

Silêncio absoluto. O sacerdote, abrindo o Livro Santo que tinha em suas mãos, leu: "E Pedro disse-lhe: Senhor, quantas vezes perdoarei aquele que pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus disse-lhe: Não até sete vezes, mas até setenta vezes sete." Banhado em lágrimas o imperador abraçou o seu irmão e o perdoou.

 

O  PERDÃO  COMPLETO  ILUSTRADO

 

Ao visitar Alexandre da Rússia a Napoleão, em Toulon, o imperador francês concedeu ao ilustre visitante o privilégio de libertar um prisioneiro das galés. Dirigindo-se a um, cujo olhar inteligente lhe despertou a curiosidade, perguntou-lhe por que crime sofria. Em resposta, contou-lhe o condenado uma longa história de sua inocência e de como fora preso por declaração de testemunhas falsas, A outro, a mais outro e a outro ainda, foi o príncipe, apenas para saber que tinham sido condenados injustamente.

Encontrou afinal, um homem cujo semblante denotava tristeza. Indagando a causa do castigo do preso, ouviu o príncipe esta resposta: "Tenho sido um vil malfeitor e mereço castigo muito maior. Invalidei as leis divinas e humanas, e não sou digno de contemplar o verde da terra." O monarca russo, satisfeito com essa confissão, ordenou aos de sua comitiva: "Libertem esse homem. Acha-se em estado de espírito próprio para aproveitar o melhor possível a liberdade."

Voltando-se para o condenado, disse: "Use sua liberdade para a glória de Deus, a cuja clemência a deve."

Adventures in Christian Living.

 

 

 

VENHA  COMO  ESTÁ

 

Quis um artista, um dia, ter uma pessoa como modelo para representar o filho pródigo.

Enquanto passeava encontrou um mendigo, o qual muito lhe agradou, pois seria um bom modelo para o quadro que desejava pintar.

Contratou então o preço que deveria pagar-lhe para servir de modelo no estúdio do artista.

No dia marcado, apresentou-se um homem no estúdio, mas o artista não o reconheceu. Disse o desconhecido:

– O senhor convidou-me a vir a seu estúdio.

– Não – disse o artista, nunca o vi antes.

– O senhor está enganado, o senhor me viu e disse que eu viesse aqui.

– Não, talvez fosse outro artista que o viu e o contratou. Eu na verdade tenho um contrato mas com um mendigo.

– E eu sou o mendigo – disse o homem.

– Você é o mendigo?

– Sim.

– Que fez?

– Pensei que deveria arranjar um novo traje antes de me apresentar.

– Oh! – disse o artista, agora não preciso mais de você.

 

É assim, se vamos a Deus: devemos ir como estamos. Não mude seu traje, não procure se tornar mais aceitável diante de Deus. Toda justiça própria nada vale aos olhos do Senhor.

Vá a Ele tal qual está, com todos seus pecados e crimes, com todas suas promessas não cumpridas, com todas suas oportunidades perdidas, com seu coração empedernido, quebrantado e contrito. Ele convida: Venha com sua carga pesada. Venha tal como está.