MULHER

 

CRIAÇÃO DA MULHER

 

No começo, quando Twashtrai veio à criação da mulher, ele achou que tinha gasto seus materiais na feitura do homem, e que não lhe sobraram elementos sólidos. Ante este dilema, depois de profunda meditação, ele fez o seguinte:

Tomou a redondeza da lua, e as curvas dos répteis, e as garras das gavinhas, e o tremor da relva, e a delgadeza do caniço, e o desabrochar das flores, e a ligeireza das folhas, e a timidez da lebre, e a vaidade do pavão, e a alegria dos raios de sol, e o choro das nuvens, e a volubilidade do vento, e a maciez do peito do papagaio, e a dureza do diamante, e a doçura do mel, e a crueldade do tigre, e o calor do fogo, e a tagarelice das maitacas, e a hipocrisia da cegonha, e a fidelidade da chakrawaka, e, compondo tudo, fez a mulher e deu-a ao homem.

Mas depois de uma semana, o homem veio a ele e disse:

– Senhor, esta criatura que me deste torna-me a vida miserável. Ela conversa sem cessar e me amola além do que posso suportar, nunca me deixando só; e exige constante atenção, e toma todo o meu tempo, e chora por nada, e está sempre ociosa. E assim vim devolvê-la, pois não posso viver com ela.

Assim Twashtrai disse: – Muito bem.

E tomou-a de volta.

Então, depois de uma semana, o homem veio de novo a ele e disse:

– Senhor, acho minha vida solitária desde que lhe devolvi aquela criatura, Lembro-me como ela costumava cantar para mim, e olhava-me pelo canto do olho, e brincava comigo e me abraçava; e sua risada era música, e ela era linda de se contemplar, e macia para se tocar. Assim, quero-a de volta.

Twashtrai disse: – Muito bem.

E a devolveu.

Depois de apenas três dias, o homem voltou e disse:  – Senhor, não sei como é, mas depois de tudo cheguei à conclusão que ela me dá mais amolação que prazer. Assim, por favor, toma-a de volta.

Mas Twashtrai disse: – Fora com você. Não suporto mais isto. Você precisa se arranjar como puder.

Então o homem disse: – Mas não passo viver com ela.

E Twashtrai replicou:  – Nem poderia você viver sem ela.

E deu as costas ao homem e continuou seu trabalho.

Então o homem disse: – Que farei? Pois não posso viver com ela, nem sem ela. – Mito do Sânscrito.

 

QUANTO  VALE  UMA  NOIVA

 

O jovem Carlos foi visitar seu tio Gregório, velho sisudo e faceiro, para participar-lhe o seu casamento,

– Pois bem, diga-me, Carlos, como é sua noiva?

– Bem, tio, ela é muito formosa. Então o velho, pegando num lápis, escreveu numa folha de papel um grande zero.

– É de família nobre. O velho Gregório escreveu outro zero.

– É muito rica. E o velho escreveu outro zero.

– É muito hábil nos afazeres femininos. E ele escreveu outro zero.

– Tem muito talento. Ainda um zero.

– É muito culta. E lá foi o sexto zero.

O noivo, aborrecido com os zeros, acrescentou, com certa energia:

– Mas, enfim, ela é também muito virtuosa.

Então o velho escreveu uma unidade antes dos seis zeros, e levantando-se abraçou o sobrinho e lhe disse:

Carlinhos, sua noiva vale um milhão. A virtude é a qualidade que dá valor a todas as qualidades de sua escolhida: Sem esta unidade, a formosura, a nobreza, o dinheiro, as habilidades, o talento e a cultura nada valem; são zeros. Mas pelas virtudes adquirem um valor extraordinário.

Ah! se todos os noivos tivessem um conselheiro como o tio Gregório! – Voz da Juventude.

 

FIDELIDADE

 

Francisca Mercado era uma jovem do México, de 16 anos de idade. Ouviu falar do amor do Salvador e estava ansiosa por viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia. Havia lido nas Escrituras Sagradas que um cristão não se deve casar com um infiel. Estava noiva, mas avisou ao seu noivo que não se casaria, antes que ambos tivessem a mesma crença. Como o jovem não estivesse interessado em religião, exigiu que Francisca se casasse logo. À medida que ela recusava, tanto mais ele insistia.

Certo dia, ele chegou à casa de Francisca exigindo que ela concordasse em realizar logo o casamento, pois se recusasse seria assassinada. Ela respondeu: "Prefiro morrer a abandonar a fé em Cristo e desrespeitar a Sua Palavra." O jovem, lançando mão da pistola, disparou contra ela, matando-a, e, em seguida, se suicidou.

Ela morreu como mártir, pela fé; porém, que exemplo deixou para os jovens que dão tão pouca atenção ao que se encontra em II Coríntios 6:14 – C. E. Wood.

 

PROCEDER  COM  CAUTELA

 

A vida significa mais que acréscimo de sua rapidez. A pressa é perigosa em outros aspectos da vida além das estradas concretas. Na estrada da vida precisamos proceder com cautela. Muito jovens se precipitam para um casamento prematuro.

Como sou agradecido pelo conselho que recebi do pai de minha predileta no colégio, quando lhe fui pedir a mão de sua filha! Ele achou que éramos muito jovens; que nos estávamos precipitando para um casamento prematuro. Muito bondosamente, ele disse: "Vá e se saia bem, e prove que é capaz de sustentar uma família, e então volte."

Bem, isso foi difícil de ouvir. Aceitamos, entretanto o repto. Aquele foi o primeiro ano como secretário departamental de uma Associação. Deus me abençoou grandemente. Veio em seguida minha primeira promoção, Fui chamado para uma Associação maior. Confiaram-me em breve dois departamentos com maiores responsabilidades.

Depois de dois anos, voltei e reclamei minha noiva, e nos casamos com a bênção de nossos pais em vez sua oposição. Hoje, olhando para trás, dou graças a Deus pelo prudente conselho de uma pessoa que compreendia que a pressa é perigosa, Estávamos muito mais bem preparados para o matrimônio após aqueles dois anos de prova. Estávamos aprendendo o segredo de nos ir fortalecendo; que não há método de estufa para desenvolver uma bela disposição.