GRATIDÃO,  LOUVOR

 

O  MUNDO  É  MEU

 

Uma senhora viajando num ônibus, viu uma jovem amável, com lindas tranças loiras, que parecia tão alegre! E teve o desejo íntimo de ser tão bela quanto ela. Súbito a jovem foi descer. Quando ela se arrastou pelo corredor do ônibus, a senhora viu então o cruel aparelho que lhe mantinha em posição os membros inferiores – era vítima de paralisia. Mas, ao passar junto daquela senhora, que sorriso esboçou! Diante disso, ela pensou: "Ó meu Deus, perdoa-me quando lamento! Tenho dois pés sadios. O mundo é meu!"

Então a senhora desceu, para comprar uns doces. O rapaz que servia ao balcão era tão simpático e amável! Falou com ela, dizendo:

– É muito agradável falar com pessoas como a senhora. A senhora vê – sou cego!

Novamente, a senhora com gratidão, diz: "Ó Deus, perdoa-me quando me queixo. Tenho dois olhos. O mundo é meu!"

Então, descendo a rua, ela deparei com uma criança de olhos azuis. Ali estava a observar outras crianças que brincavam. Parecia não saber que devia fazer. Ela se deteve um momento e lhe perguntou:

– Meu bem, por que você não vai brincar com os outros?

A garotinha continuou olhando para as crianças sem lhe responder, e então a senhora compreendeu que ela não ouvia.

E outra vez, disse:

"Ó Deus, perdoa-me quando me queixo! Tenho dois ouvidos. O mundo é meu!

"Com pés que me levam aonde quero, com olhos para contemplar a beleza de um pôr-do-sol, com ouvidos para ouvir tudo que quero – ó  meu Deus, perdoa-me quando solto queixas! Sou de fato abençoada. O mundo é meu!" – Seleto.

 

ONDE  ESTÃO  OS  NOVE?

Luc. 17:17

 

Ainda hoje é importante essa pergunta: "Onde estão os nove?" O Dr. Norman Vincent Peale conta a história de um pastor que vivia anos atrás em movimentado porto de mar. Depois de terrível tempestade, o pastor pôs em sua igreja um sinal com a lista de nove marinheiros. Sobre seus nomes estavam as palavras: "Perdidos no Mar". À medida que se disseminava na cidade a notícia desse sinal, um a um os nove marinheiros apareceram para protestar.

Depois de cada protesto, o pastor cancelava um nome. Naquela noite, no culto, ele explicou: "Foi-me pedido que orasse pela segurança de onze pessoas no naufrágio de sexta-feira. Apenas dois vieram pedir-me que desse graças por haverem voltado sãos e salvos. Presumi, naturalmente, que os outros nove se haviam afogado."

Quantas vezes somos aqueles nove! Diariamente o Senhor derrama bênçãos sobre nós. Dá-nos vida, saúde, forças. Guarda-nos de perigos visíveis e invisíveis. Ergue-nos do leito de enfermidade. Dá-nos as riquezas da salvação por Cristo. Será que nós Lhe agradecemos por essas mercês? Estamos nós entre os nove? Ou somos como aquele único a manifestar reconhecimento?

 

O  SALMO  23  DOS  MARÍTIMOS

 

Uma versão dos marítimos, do Salmo 23, foi publicada no Boletim do Capelão da Armada, em Washington. Sua autoria é atribuída a J. Roger, comandante da marinha mercante, que o teria escrito durante a Segunda Grande Guerra. Diz o seguinte:

"O Senhor é o meu piloto; eu não cairei. Ele me alumia em meio às águas escuras; conduz-me a canais profundos; guia o meu barco. Orienta-me pela estrela da santidade por amor do Seu nome. Ainda que eu navegasse por entre as trovoadas e tempestades da vida, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo. O Teu amor e o Teu cuidado me abrigam.

"Preparas um porto perante mim na Terra da eternidade; unges as ondas com óleo; o meu barco desliza suavemente. Certamente que a luz do Sol e das estrelas me favorecerão todos os dias da minha viagem, e descansarei no porto do meu Deus para sempre."

Religious News Service.

 

O  HINÁRIO  COMO  "UM  LAÇO  QUE "

 

Depois da Bíblia, o Hinário é o maior livro do mundo. Ele apresenta hinos de gozo e de esperança. Paulo e Silas contaram na prisão. A cristandade canta em todos os lugares porque não conhece o pessimismo e a depressão ou o desânimo. O verdadeiro espírito do cristão nunca é abalado e o fogo do seu entusiasmo nunca pode ser extinto. O Evangelho é "boas novas e alegres notícias". Portanto, cantemos.

O Hinário tem uma história interessante e instrutiva. É o maior argumento para a união da igreja. Existem muitos credos, porém, uma só religião.

Reginald Heber, o anglicano, escreveu: "Santo, Santo, Santo, Deus Onipotente" (HASD 18).

Augustus Montagne Taplady, o calvinista, escreveu: "Rocha Eterna" (HASD 195).

Charles Wesley, o metodista, é o autor de: "Meu Divino Protetor" (HASD 97).

Miss Sarah Adams, a unitária, escreveu: "Mais Perto Quero Estar" (HASD 427).

Whittier, o Quaker: "Bondade Eternal".

Faber, o católico: "Há uma vastidão na graça de Deus".

Doddrigge, congregacionalista: "Dia Feliz".

João Fawcett, batista, escreveu: "Abençoado seja o laço que une".

Tenynson escreveu: "Pôr-do-Sol" e "Estrela Vespertina".

Cada hino é o resultado de uma experiência religiosa ou de uma época espiritual na vida do seu autor. Há 400 mil hinos religiosos no mundo. No entanto, somente cerca de 400 são favoritos.

Christian Herald.

 

PODIA  COMEMORAR  O  SOL  NASCENTE

Ecl. 9:10 (margem)

 

Há uma bela conclusão na representação teatral de Rostand.

Refiro-me ao "Cantor Matinal", o galo. Por muito tempo julgavam que o canto dessa humilde ave era o que causava o nascer-do-sol. Manhã após manhã ele entoava a sua voz maviosa enquanto o sol nascia. Certa vez, porém, ficou perturbado com outras vozes que ouvia, mais baixas que a sua, e, perplexo, esqueceu-se da obrigação de chamar a aurora; assim o Sol levantou-se sem que o costumeiro cantor houvesse despertado a madrugada. Se aproveitando disso, outras diversas vozes não tardaram em apontar ao galo que ele com sua pequenez e insuficiência, não possuía nenhum poder sobre as operações no Céu.

O galo então respondeu com muita distinção:

– Quem sabe não seja a minha fraca voz que chame o dia; todavia, se não tenho nenhuma influência no nascimento do sol, posso, apesar de tudo, erguer um cântico em comemoração à sua saída e nada me impede de ter tal gozo. – Dr. John A. Hulton.

 

LOUVAI  AO  SENHOR!

 

Um menino ouviu alguns homens falando acerca de Deus. Quando chegou em casa perguntou ao pai se alguém podia ver a Deus. O pai respondeu rudemente: – Não!

Isto entristeceu o menino. Ele saiu a um passeio na mata. Assentou-se junto a um córrego e meditou. Viu os passarinhos fazendo seus ninhos. Ergueu os olhos para o céu, através dos ramos das árvores, ansioso de ver a Deus.

Um dia o ministro da igreja jantou em seu lar e ele teve ocasião de perguntar-lhe se alguém podia ver a Deus. O ministro lhe disse que ninguém pode ver a Deus e viver! Esta foi para o menino uma revelação esmagadora. Ele saiu para o celeiro e chorou.

Logo depois disto encontrou-se com um velho pescador, do qual se tomou grande amigo. O pai soube do novo amigo e perguntou ao menino a seu respeito:

– É ele um bom homem?

– Eu gosto dele – disse o menino. – Ele não fala muito mas vou lhe dizer como ele procede. Na noite passada, quando estávamos navegando rio abaixo e o sol se punha através das árvores, entre lindas nuvens, eu vi lágrimas em seus olhos, e...

– Está bem, está bem! Creio que você está em boas mãos.

Logo na noite seguinte, terminada a pescaria, o menino notou que de novo o velho pescador tinha os olhos úmidos ao observar o pôr-do-sol. O pequeno tocou timidamente o braço do velho. Este nem volveu a cabeça.

– Eu nunca faria a qualquer outra pessoa a pergunta que vou fazer ao senhor – disse o menino com os lábios trêmulos.

Ainda o velho não se moveu; tinha os olhos fitos no sol poente.

– O senhor pode ver a Deus? – aventurou o menino.

Ainda não houve resposta. O menino então puxou o velho pela manga. – Por favor, diga-me! Pode-se ver a Deus?

O menino esperou, sem respirar. Afinal o velho volveu um amável rosto manchado de lágrimas para o rapaz e disse:

– Filho, não vejo coisa alguma senão Ele!

Todo aquele que abrir os olhos verá que os céus ainda declaram a glória de Deus. Entretanto, o pior cego é aquele que não quer ver! Mas quando vemos os esplendores do universo de Deus não podemos deixar de louvá-Lo.

 

ALIMENTADOS  PELO  SENHOR

Sal. 81:10

 

Os filhotes de passarinho sabem nos ensinar a abrir bem a boca. E certo, as mãezinhas dos passarinhos nunca são tão capazes ou estão tão dispostas a encher as bocas escancaradas e famintas de seus filhotes, como está Deus de fazê-lo conosco. Deus nos apresenta de Si mesmo o quadro de quem espera para encher o faminto coração de Seus filhos.

Havia na Pérsia um costume que talvez torne mais clara essa expressão. Quando o rei desejava fazer uma honra especial a um visitante, pedia-lhe que abrisse bem a boca, e então começava a enchê-la de doces, e por vezes de jóias. Para nós, que vivemos no século XX, esse costume pode parecer estranho, mas pode por assim dizer apresentar-nos o fundo desse quadro bíblico. Se Deus, nosso Rei, nos fala, dizendo: "Abre bem a boca, e Eu a encherei", é porque quer fazê-lo com coisa muito mais preciosa do que jóias terrestres.

Consideremos a "boca aberta" em oração. Carecemos de mais fervor em nossa vida de oração? Abrimos suficientemente a boca, em oração? Falamos com Deus com a calidez e o amor com que o fazemos com amigos terrestres? Deus prometeu satisfazer a alma faminta.

Consideremos a "boca aberta" em testemunhar. Porventura o pecado nos fechou os lábios? Disse alguém: "Coisa alguma fecha tanto os lábios como a vida.

A boca dos guardas romanos foi tapada com ouro, a fim de que não espalhassem a maravilhosa história da redenção.

 

LOUVAI  AO  SENHOR

 

Belamente entoa o solista: "Ninguém mais se compara com Jesus"; "Alegre estou pois sei que muito me ama". O coração de todos na grande reunião campal foi tocado. Mas foi o cantor, não o canto que tornou a execução única, pois ele cantava reclinado em uma cadeira de rodas.

Por 31 anos esse fiel cristão estivera paralítico, sem poder andar, mas ali estava cantando a alegria que encontrava em Cristo! Tornara um hábito o demorar-se na bondade e no amor de Deus; seu coração fora refrigerado pelas brisas vindas da cidade de Deus. Por isso, ele quase não teve consciência de sua aflição física.

Quando alguém torna um hábito louvar "ao Senhor por Sua bondade", pouca diferença faz a sorte que terá na vida. Nos bons como nos maus tempos, sua voz se ergue em louvor.

Em nossa era maravilhosa usamos ar condicionado em nossos lares no verão; aquecemo-los no inverno. Tiramos a umidade do ar. Mas todos os artifícios eletrônicos do século vinte não têm podido controlar o clima do coração humano. Unicamente Cristo pode fazê-lo.

 

FALTA  UM  TESTEMUNHO

 

Conta-se que uma vez, um grande maestro estava executando uma peça com centenas de vozes e instrumentos musicais. Quando o coro cantava em alta voz, o poderoso órgão se expandia, o tambor, as cornetas, e os címbalos soavam. O homem que tocava a flauta, e que estava bem escondido entre os músicos, disse para si mesmo: "Entre todo este ruído, não tem importância o que toco." E deixou de tocar.

Repentinamente, o diretor ergueu sua batuta em sinal de silêncio, e de pronto tudo se quedou em completa quietude. Então ele perguntou em voz alta: "Que aconteceu com a flauta?" O ouvido do diretor havia notado que nem todos estavam tocando e que alguma coisa faltava.

Ó minha alma! Faça sua parte com todo o seu poder!

Você pode ser pequeno e insignificante, e estar bastante escondido entre os homens, porém, Deus busca a sua adoração, e a grande música de Seu Universo se tornará mais rica e mais doce se você Lhe render um preito de louvor.

M.G. Pearse.

 

"A  CANÇÃO  DO  SENHOR"

Sal. 137:4

 

Se bem que em cativeiro, distante da pátria, o povo de Deus em Babilônia devia ter cantado, a pedido de seus dominadores. Deviam ter erguido a voz em louvor a Deus. Pois a música tem poder.

Uma lenda da guerra civil na América, relatada em poesia por João Ruben Thompson, revela o que pode fazer a música. Foi no dia 3 de maio de 1863, um domingo. O lugar: às margens do Rio Rappahannock. Numa das margens estavam as forças da União; na outra, os exércitos dos confederados, ouvindo ambos a música de um grupo federal. Os soldados foram ruidosos na apreciação quando o bando tocou duas músicas muito populares. Mas, quando tocou "Lar, Doce Lar", "reinou santo silêncio".

Os soldados do Norte como os do Sul pensaram com saudades em seus queridos e no precioso lugar que cada um chamava "lar". Vinha baixando a noite.

Mas a memória, despertada pela música

Expressa nas mais simples das canções,

Enterneceu os mais rudes corações

Ianques, aligeirando-lhes depois o dormitar.

 

Da música no ar adeja o vulto,

Desse brilhante ser celestial

Que em meio à guerra dura e infernal

Trouxe um toque de amor e humanidade.

 

O  DESCONTENTE

 

Um homem descontente com a sua sorte queixava-se de Deus: "Deus dá aos outros riqueza e a mim não me dá nada. Como hei de viver, sem possuir coisa alguma?"

Um velho ouviu estas palavras e disse-lhe:

– Acaso você é tão pobre como diz? Deus não lhe deu saúde e juventude?

– Sim, e até me orgulho bastante da minha força e do verdor dos meus anos.

O velho pegou então na mão direita do homem e perguntou-lhe:

– Você deixará cortar esta mão por mil reais?

– Nem por dez mil!

– E a esquerda?

– Também não!

– E por dez mil reais você consentiria em ficar cego por toda a vida?

– Nem um olho daria por tal dinheiro!

– Você percebe? – observou o velho. – Que riqueza Deus lhe deu, e você ainda se queixa.

Seleto.