CONFIANÇA  E  CORAGEM

 

CONFIANÇA DE ALEXANDRE E O MÉDICO

 

A confiança de Dario aumentou ainda mais quando se convenceu de que era por covardia que Alexandre se demorava na Silícia. Mas o que detinha Alexandre naquele lugar era uma doença, atribuída por uns a seu cansaço, por outros a um banho tomado no Cinnus, cujas águas são geladas. Os médicos, persuadidos de que o mal estava acima de todos os remédios, não ousavam ministrar-lhe os socorros necessários, com medo de provocar, se não conseguissem curá-lo, o ressentimento dos macedônios. Só Filipe – o Acarnaniano – venceu esse receio. Vendo o rei em perigo extremo, contando com a amizade que Alexandre tinha por ele e considerando ainda a vergonha porque passaria se não se expusesse ao perigo para salvar aquela vida ameaçada, experimentando, para salvá-la, os últimos remédios e arriscando tudo, propôs-lhe um tratamento e convenceu-o de que devia confiar, se é que desejava tanto sarar e ficar em condições de continuar a guerra.

Nessa ocasião, Alexandre recebera uma carta que Parmenion lhe enviara do campo, avisando-o de que devia pôr-se em guarda contra Filipe. Dizia a carta que Filipe, seduzido pelos ricos presentes de Dario e pela promessa de se casar com sua filha, comprometera-se a provocar a morte de Alexandre. O rei leu a carta e, sem a mostrar a nenhum dos seus amigos, guardou-a debaixo do travesseiro. No momento oportuno, Filipe acompanhado pelos médicos, entrou no quarto, com o remédio que trazia numa taça. Alexandre deu-lhe com uma das mãos a carta de Parmenion, e, tomando com a outra a taça, engoliu o remédio de um só gole, sem deixar transparecer nenhuma suspeita. Foi admirável o espetáculo, uma cena deveras teatral, ver os dois homens, um lendo, outro bebendo, depois de se olharem, mas um e outro de maneira bem diferente. Alexandre, com o rosto risonho e satisfeito, atestava a seu médico a confiança que nutria nele. E Filipe indignava-se contra a calúnia, ora chamando os deuses para provar sua inocência, com as mãos levantadas para o Céu, ora jogando-se sobre a cama de Alexandre e exortando-o a ter esperança e a deixar-se guiar por ele sem receio.

O remédio, provocando forte reação, começou produzindo-lhe um grande abatimento no corpo, tirando-lhe e reprimindo-lhe, por assim dizer, todo o vigor até nas fontes da vida; e isto a ponto de Alexandre desmaiar, sem mais voz e apenas com um resto de pulso e de sensibilidade. Mas, os socorros de Filipe fizeram-no logo recuperar as forças e aparecer aos macedônios, cuja inquietação e pavor só cessaram ao tornarem a ver Alexandre". – Alexandre e César.

 

DEMOS  A  DEUS  UMA  OCASIÃO

Mal. 1:10

 

Talvez vocês perguntem como é possível dar uma ocasião a Deus. De maneira simples, eu lhes digo que confiar nEle eqüivale a oferecer-Lhe um ensejo.

Quando a gente está sentindo uma dor violenta, geralmente chama o médico que faz a diagnose do mal e sugere o meio de extirpá-lo; é grande aventura entregar-se nas mãos de outrem; no entanto, o cirurgião obtém sua oportunidade pela confiança que lhe foi depositada.

Um viajante pretende chegar a certa hora da noite; a companhia lhe comunica que um determinado trem o conduzirá à cidade desejada e o viajor, embora não conheça o maquinista nem o caminho e nada saiba da ligação dos vagões, embarca, confiando inteiramente na companhia, dando-lhe, assim, uma ocasião.

Confiem no cirurgião e na companhia da estrada de ferro e ambos terão a sua oportunidade.

De igual modo, quando nos entregamos nas mãos de Deus, estamos concedendo-Lhe a ocasião que Ele tanto deseja para curar-nos e conduzir-nos a uma cidade muito mais bela do que Londres, cidade eterna e celestial onde não há noite. – Dr. George H. Morrison.

UM  SACO  DE  CUIDADOS

 

Um caminhante carregava um pesado saco sob o qual se afadigava e lamentava incessantemente. De ninguém conseguiu receber auxílio e conforto.

E como seguisse vagarosamente, gemendo sob o peso da carga, o Anjo do Otimismo, aproximando-se falou-lhe bondosamente:

– Irmão, o que você carrega aí?

O homem respondeu com aspereza:

Meus cuidados.

– O anjo sorriu piedosamente, dizendo:

– Vejamos a carga e examinemos os cuidados.

Olharam para dentro do saco e... oh! Estava vazio.

– Tenho certeza, gritou o homem, de que havia aqui dois grandes cuidados, demasiadamente pesados para um homem carregar. Mas.. Ah! Havia-me esquecido. . . um deles era o de ontem e já passou.

– E o outro?

– O outro? Bem... era o cuidado de amanhã e ainda não chegou.

– O anjo sorriu com infinita piedade e disse:

– Ouve-me! aquele que se abate sob o peso dos cuidados de ontem e os de amanhã, se consome sem razão, mas aquele que leva apenas os cuidados de hoje não tem necessidade de um saco de tristeza. Se você tivesse lançado para o lado esses cuidados e dado toda a sua força, alegria e coragem às coisas de hoje, jamais o infortúnio o teria abatido.

Maravilhado, o homem fez como o anjo o aconselhara. Continuou a jornada ligeiro e ágil, com o coração e as mãos livres para auxiliar a outros caminhantes com suas cargas e para colher os mais doces frutos e flores ao longo do caminho. E quando chegou finalmente o fim do dia, o homem tinha nos lábios um sorriso e uma canção.

The Christian Herald.

 

 

CORAGEM  E  CONFIANÇA

 

J. Stuart Robertson conta a história de um sargento por nome Tubby. Durante a Primeira Guerra Mundial um grupo de homens tomou posse de uma casa de campo meio derrubada na zona do conflito na França, dela se servindo como igreja em que se reuniam para buscar força espiritual em meio dos tormentosos dias de guerra. Certo dia o sargento Tubby foi solicitado a pregar um sermão. 

Ele leu a história da tempestade no mar de Galiléia, e depois falou sobre "os outros barquinhos". Disse que eles partilharam da tempestade quando o barco dos discípulos a estava combatendo, e partilharam da calma quando Jesus proferiu as palavras: "Cala-te, aquieta-te." Agora acontece justamente a mesma coisa na grande tempestade da guerra que ruge ao nosso redor, disse o sargento. "Há grandes navios nela, mas há outros barquinhos também – a Dinamarca, a Holanda, a Suécia, a Noruega, a Suíça e a Suécia. Estes estão sendo jogados de um lado para outro, sofrendo um tempo de ansiedade. E então, quando a paz vier afinal, aqueles outros "barquinhos" também receberão o beneficio dela.

"E não se dá o mesmo com vocês e comigo?" perguntou o sargento Tubby. "Se vocês se põem a andar como loucos, bebendo e cometendo outros pecados, não serão os únicos a sentir a tempestade. Haverá outros barquinhos com vocês: as esposas e os filhos, as noivas. Também elas partilharão da tormenta. Mas quando um homem abre o coração a Jesus e Ele aí entra, levando grande calma, aqueles outros barquinhos fruirão alegria e paz também."

 

Não se esqueçam disto, juvenis. Quando vocês procedem mal, as pessoas de casa sofrem. Trazem ondas tempestuosas de ansiedade, de má influência e de opróbrio. Mas, quando vocês desfrutam a paz de Jesus no coração, então os membros de sua família sentem aquela paz e a partilham com vocês.

 

ÂNIMO  E  CORAGEM

 

Há muito tempo, Napoleão Bonaparte lançou na prisão um jovem da nobreza, acusado de conspirar contra o governo. Esse pobre homem acostumara-se à vida em liberdade, pois fora criado na abastança. Sua vida de estreito confinamento numa cela pequena, sem amigos, sem livros para ler, era por demais solitária. Apenas duas horas por dia lhe era permitido ficar fora, num pátio ladrilhado, onde gozava do ar puro e da luz do Sol.

Como os dias passassem lentos, ele se distraía fazendo, de pedacinhos de madeira, pequenos navios, e rabiscando frases na parede. Entre estas liam-se coisas muito tristes. Num lado da parede escreveu, em letras garrafais: "Todas as coisas vêm por acaso."

Um dia, quando andava para cá e para lá, no pequeno pátio, notou uma plantinha a brotar no interstício das pedras. Na falta de outra coisa para afastar o tédio, abaixou-se e se pôs a examinar a plantinha. No dia seguinte fez a mesma coisa, e lhe pareceu que a planta, crescera um pouco. Dia a dia renovava a visita à planta, que se tornou como um amigo. E ficou a cismar: Teria essa planta também vindo por acaso?

Abaixo das palavras "todas as coisas vêm por acaso", escreveu a palavra "talvez". Após alguns dias, a planta desabrochou uma flor, de linda cor branca e púrpura, com um friso prateado. Como o prisioneiro se alegrou! A bela florzinha parecia trazer-lhe uma mensagem. Como que lhe dizia que coisa alguma acontece por acaso, que o grande Deus tem um propósito em tudo que acontece. Isto o reanimou, e reviveu a fé em Deus.

A influência da florzinha continuou: Chegou aos ouvidos da imperatriz a história do interesse do prisioneiro na flor, e ela se comoveu e persuadiu Napoleão a dar liberdade ao preso.

Ao deixar a prisão, levou consigo a plantinha e a plantou em seu jardim, a fim de que lhe fosse um perpétua lembrança da solicitude de Deus.

Essa bela história lembra outra: O grande explorador Mango Park foi um dia assaltado e roubado por selvagens, no coração da África, a 800 quilômetros da mais próxima colônia européia. Sem roupa nem alimento, pensava em deitar-se ali no deserto e esperar a morte, quando notou uma pequenina flor junto do lugar em que estava sentado.

Ao baixar-se para examiná-la, veio-lhe o pensamento de que, por certo, Aquele que criara aquela flor no deserto não ficaria indiferente a uma criatura feita à Sua própria imagem. A idéia inspirou-lhe novo ânimo, e resolveu prosseguir até que achou socorro. Assim, a pequenina flor foi instrumento em lhe transmitir ânimo e salvar-lhe a vida.

 

A  CONFIANÇA  DE  UMA  COLPORTORA

 

"Quando os meios empregados são fora do comum, a vitória se torna semelhante à que foi alcançada por Elias. Conversei com uma jovem senhora na Suécia era uma colportora evangelista, uma dessas que vendem por todas as partes a literatura que contém a mensagem da verdade. Ela me disse que, em uma viagem através de certa região montanhosa, com seu livro para encomendas, o Prospecto, ficara sem ter o que comer. Sentia-se tão fraca, que supunha não poder chegar ao próximo pouso.

Afastou-se um pouco do caminho e orou a Deus para que lhe desse força para prosseguir. Voltando à estrada, encontrou um homem com um saco às costas. "Olhe aqui", disse o estranho, pondo o saco no chão, "a senhora quer isto? E lançou mão de um pão que trazia, oferecendo-lhe. "E eu o recebi, agradecendo bastante", disse-me ela. "Sem dizer mais nada, o homem prosseguiu a sua viagem. Não pude reconhecer se era homem ou anjo. E não me interessava tanto isso. Era um mensageiro de Deus em resposta à minha oração. Disto sabia eu muito bem".

Foi a um ribeiro, comeu o pão e bebeu da água fria da montanha, agradecendo a Deus. – W.A. Spicer.

 

DESCANSANDO  EM  JESUS

S. Mat. 11:28

 

A Princesa Isabel, filha de Carlos I, foi um dia encontrada morta, com a cabeça reclinada sobre a Bíblia, que se achava aberta em S. Mat. 11:28: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei". Em uma cidade da Inglaterra foi-lhe erguido um monumento em que se vê um vulto feminino reclinando a cabeça sobre um livro de mármore, e o texto acima inscrito no livro.

6.000 Sermon Illustrations.

 

BRAÇOS  DE  JESUS

 

Disse Lutero: "Eu correria para os braços de Jesus, mesmo se Ele Se achasse com uma espada desembainhada nas mãos." 

João Butterwort, lendo essa frase, resolveu seguir o exemplo de Lutero e encontrou, como se dá com todos os pecadores que assim procedem, não uma espada na mão de Cristo, mas braços abertos e cordiais boas-vindas. A proclamação soa através dos tempos e dirige-se a todo coração opresso: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados..." Ele demonstrou essa maravilhosa compaixão, morrendo por nós; não será agora que Ele repulsará o pecador que dEle se aproxime.

 

CRER  PORQUE  ELE  PROMETE

I João 1:9

 

Um jovem desanimado acerca de sua recente conversão, que ameaçava fracassar, procurou o conselho de seu pastor.

– Quando me converti, na semana passada, confessou o jovem, senti-me maravilhosamente bem. Gozava uma impressão de cume de montanha. Mas nestes últimos dias fiquei completamente desanimado.

– Ótimo! exclamou o homem de Deus; na semana passada você confiava nos sentimentos. Agora Deus está procurando ensinar-lhe a confiar nEle e em suas promessas. – Meditações Matinais.

 

OLHAI  PARA  CIMA

 

Eduardo tinha ido com seu pai a uma loja. À tarde eles desceram da montanha onde moravam em sua casinha, e caminharam na planície até à cidade. Havia muito que ver, e muitas compras a fazer na grande loja, onde se encontrava tudo que se queria.

Jantaram num restaurante, para alegria de Eduardo, e finalmente se puseram a caminho de casou. A escuridão cobria a Terra quando chegaram ao sopé da montanha. Eduardo procurou cuidadosamente no bolso o precioso canivete e a corrente que seu pai lhe havia comprado. Estavam em segurança. Depois, ele começou a difícil tarefa de subir o trilho daquela áspera e escura montanha.

E a cada minuto que se passava, escurecia mais. O pai, um pouco adiante, carregava um saco nos ombros. O saco continha as compras que eles haviam feito na loja. Eduardo desejava poder andar com pés tão seguros como o pai.

Ele tropeçava, porque suas pernas estavam trêmulas. Seus olhos, acostumados a estar fechados a esta hora, doíam e ele tentava enxergar os troncos e pedregulhos antes de cair neles. Mas quanto mais olhava, menos via.

Finalmente, Eduardo segurando a mão livre do pai, pôs nele a sua confiança para guiá-lo no caminho. Isto melhorou a situação e finalmente viram a luz brilhante de sua própria casa no cimo da montanha. Eduardo não tinha falado muito, até agora. Ele tinha que economizar fôlego para andar.

"Papai", disse ele com admiração, "eu desejaria poder andar pelo escuro sem tropeçar e cair. Como é que o senhor consegue?"

O pai parou imediatamente. Eduardo percebeu que estava olhando para ele com seus olhos bondosos.

"É assim, meu filho. Você tropeça porque olha sempre para seus pés". E pôs o saco no chão, tomou a cabeça de Eduardo em suas duas mãos voltando-a para cima. "Olhe para lá. Você vê onde o Céu está mais claro? É porque cortaram as árvores ali para fazer a estrada. Eu olho sempre para cima quando ando. Torna o caminho mais fácil."

Sim, torna o caminho mais fácil o olharmos para cima. A estrada está muito escura hoje. Se só olharmos em nosso redor ficaremos desanimados.

O olhar para cima é o olhar de fé em Deus. "Olhar para cima" é confiar nEle para obter direção quando tudo se acha em trevas e não vemos o caminho e as dúvidas nos assaltam, sentimos "medo do escuro". Nós nunca olharemos em vão, quando sinceramente olharmos para cima.

"Olhai para cima" é um esplêndido lema. – Brado de Guerra.

 

CONFIANÇA  E  CONSAGRAÇÃO

 

Existe na costa da Inglaterra um perigoso rochedo. Sobre ele construiu-se, em 1686, um farol. Nele pôs o construtor a orgulhosa inscrição: "Uivai, ó ventos! Eleva-te, ó mar! Desencadeai-vos, ó elementos, e provai minha obra!"  Mas a torre e a inscrição não ficaram ali por muito tempo. Depois de quatro $nos, numa noite tempestuosa, ruiu a orgulhosa construção.

No mesmo lugar um engenheiro famoso ergueu outro farol. Este foi destruído por um incêndio.

Um terceiro arquiteto construiu sobre o penedo nova torre. Nos alicerces escreveu as palavras do Salmo 127:1 – "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam". Esse farol ainda hoje resiste e mostrou aos muitos milhares de marujos o caminho do salvamento, em tenebrosa noite de tempestade.

Também em nossas atividades e esforços trabalharemos em vão se o Senhor não nos construir a casa, com Sua graça e auxílio. Cumpre-nos, com humildade, contratá-lo para nosso Arquiteto.

Krupka, Begegnung mit Gott.

 

SEGURO  NA  ESCURIDÃO

 

Havia uma cela subterrâneo numa antiga prisão egípcia, muito temida pelos prisioneiros. Certa vez um homem de trato foi sentenciado a passar vinte e quatro horas nesse lugar de horror. "A porta estava aberta. Os passos do guarda perdiam-se à distância. Então tudo era tranqüilidade. O homem sentiu-se deprimido, paralisado de medo. Formas estranhas e horrendas saíam da obscuridade e apontavam para ele. Sentiu que daí a pouco o terror o conduziria à loucura. Então subitamente ouviu o som de passos no teto, e num tom sereno o capelão chamou-o pelo nome. Oh! jamais houve tão doce música! "Deus o abençoe", disse gaguejando o pobre homem. "Você está aí?" "Sim", respondeu o capelão. "E não sairei daqui enquanto você não for solto." O pobre homem não sabia como agradecer.

"Pois bem, não me preocuparei tanto agora, estando você aí dessa maneira." O terror se dissipou estando seu amigo tão próximo embora invisível.

Assim também ao lado de todos nós está a presença invisível contudo amorosa de nosso Amigo, e as trevas e o perigo não mais terão poder de nos amedrontar. – Christian Endeavor World.

 

CONFIANÇA

 

Uma tremenda tempestade açoitava um transatlântico. A tripulação e os passageiros corriam, aflitos, de uma para outra parte. Os marinheiros se esforçavam por salvar o navio. A grande maioria dos viajantes estava desorientada, pois que o desespero se apoderara de quase todos.

Alguém, entretanto, encontrou em um dos salões uma menina que brincava despreocupada, alheia à aflição de todos. Ao perguntar-lhe se não temia morrer no naufrágio, sem largar o brinquedo que tinha na mão, levantou a cabeça, olhou para o seu interlocutor por cima dos ombros, e, apontando com o polegar para trás, respondeu:

– Papai é o piloto do navio!

É Deus o Pai do Céu, o piloto de nossa embarcação?

 

BARCOS  SEM  ÂNCORAS

 

Acima do alarido dos clientes numa loja de grande cidade, ouvi o choro de uma criança, e por fim descobri uma garotinha em lágrimas e desgrenhada que tinha se separado da mãe. Para a sua mente amedrontada e confusa, nós que a cercávamos no sincero desejo de ajudá-la, éramos todos inimigos. Ela teria continuado o seu choro convulsivo e desconsolado se o gerente da loja não houvesse, por fim, encontrado a mãe.

Este episódio insignificante é aplicável à vida de muitos adultos. Quantos, sabendo-se perdidos, nada fazem além de expressar angústia em soluços! Quantos, sabendo-se perdidos, recusam ser encontrados, rejeitando oportunidades deparadas por quem alegremente os ajudaria!

Muitos andam amedrontados e desorientados, justamente como esta criança, por terem se apartado da mão guiadora. A menina foi feliz porque alguém a reconduziu. Mas, se ninguém o tivesse feito; se continuasse a vagar desnorteada naquela situação desesperante entre a multidão?

Lembro bem a sua expressão de abandono e desespero, Lembro, também, a luz que lhe brilhou nos olhos lacrimejantes, qual súbito raio de esperança, ao ver uma vez mais a mãe. Que alívio, que confiança revelaram!

Aquele seu olhar não é muito comum nestes tempos difíceis. Muitos ainda são quais barcos sem âncora – sem Deus no mundo.

Helene Washer.

 

CONFIAI  NELE

Sal. 19:5

 

Aprendi a nadar quando criança, porém, só neste verão é que alcancei um perfeito controle de mim mesmo na água; durante 30 anos pensei que seriam precisos esforços constantes para não afundar.

Certo dia, um nadador perito, vendo-me por alguns instantes, exclamou: "Pare de lutar com a água, e confie que ela o sustentará; use seus esforços e alcance um destino."

Em poucos momentos me convenci de que o ativo nadador tinha razão e me deitei de costas na água, sem mover as mãos ou os pés, e qual não foi a minha surpresa ao notar que ela me sustinha; comecei então a me movimentar e a distância tornava-se cada vez mais curta enquanto avançava.

Que alegria! Por que alguém não me revelou isto antes?!

Quanta gente luta constantemente para ser cristão e despreza a única possibilidade, não confiando em Jesus.

Quão sábio é este conselho quando aplicado ao cristão: "Pare de lutar e confie que Deus o sustentará". Use as suas forças para alcançar algum lugar. – Seleto

 

VOANDO PARA  O  AR

Isa. 40:31

 

Um chefe africano, numa das vilas Masai, relatou a certo viajante a história duma pequena águia que havia sido capturada por alguns nativos; como o pássaro era muito novo foi deixado com as aves domésticas no quintal.

As suas asas foram cortadas e em volta de tais circunstâncias poderia ter sido julgado uma galinha.

Perdendo os atributos de águia os seus olhos curvavam-se para baixo; passava-se o tempo e as asas da ave eram cortadas por diversas vezes até que, finalmente, se considerou desnecessário repetir-se a operação, pois que o animal já devera ser doméstico.

Um dia desencadeou-se forte tempestade e as águias baixaram das montanhas altaneiras aos níveis inferiores; ecoou, então, um chamado esquisito no ar matutino; o chefe se pôs a pensar o que seria e, subitamente, viu a águia fitar os céus; mais uma vez se ouve a insistência do chamado; a jovem águia, conhecendo-se, partiu em direção ao Sol... "Por tempestades e forças vamos para o lar". – Mc. Clelland.

 

DESCANSANDO  NAS  PROMESSAS

II Ped.1:4

 

Quando a um velho e pio escravo no Estado de Virgínia, na América do Norte, foi perguntada a razão por que se encontrava constantemente alegre e satisfeito com aquele serviço árduo, respondeu: "Oh! Senhor, eu me deito sempre bem firme nas promessas e então oro diretamente para cima, ao meu Pai celestial".

Christian Endeavor World.

 

A  JUDIA  CONVERTIDA

 

Na igreja onde o Sr. Torrey era pastor converteu-se uma judia que tinha grandes aptidões.

O Sr. Torrey falando sobre ela, disse: "Amou a Cristo de todo o coração, como os judeus geralmente fazem ao se converterem. Foi trabalhar em uma casa comercial bem conhecida em Chicago e começou a falar com os empregados. Alguns deles que não gostavam de suas doutrinas foram ao chefe fazer queixas. Este a chamou ao escritório e disse:

– Não tenho objeção ao cristianismo, nem contra você porque é cristã. Cremos que é uma boa coisa; mas não deve falar, neste estabelecimento, acerca de sua religião.

– Muito bem – disse ela – mas não posso trabalhar onde não me permitem levar Cristo comigo e falar a Seu favor.

A moça tinha que sustentar sua velha mãe e outros membros da família. Mas no momento não sabia o que fazer. E apesar de ser uma recém-convertida, ficou fiel ao Salvador.

– Muito bem – disse o chefe do estabelecimento – você não obedece a minha ordem, perderá sua colocação.

– Não importa; ficarei fiel a Jesus.

– Volte outra vez ao seu trabalho, respondeu o chefe, A jovem voltou ao seu trabalho, certa de que qualquer dia receberia ordem de sair.

Ao fim de uma semana recebeu uma carta do chefe e julgou que fosse uma carta de despedida. Abriu e leu o seguinte: "Temos posto em você maiores responsabilidades pelo que terá um salário maior. Cremos que você é a pessoa mais digna do novo posto, por isto lho oferecemos."

O chefe do estabelecimento viu que ela era uma jovem de confiança. Os homens de negócio andam à procura de pessoas assim.

Ilustraciones.

 

A  CONFIANÇA  DE  UM  CHINÊS  CONVERSO

 

Não importa quão pouco tenhamos, ou quanto maior seja nossa necessidade, ou como nos pareça impossível obedecer à ordem do Senhor; devemos trazer o que temos a Jesus. Ele fará aquilo que não podemos fazer.

Da Sra. Geraldina Guinnes Taylor, da China, de nossas missões, chegou-nos a história de um velhinho chinês que se tornou cristão. Teve grande dificuldade para ganhar os meios de subsistência e gastou muito do que conseguira juntar ajudando os outros – especialmente procurando libertar as vítimas do ópio. Vivia sempre dando graças a Deus pelo Seu cuidado diário. Seu filho, um padre, ficava irritado com isto. Suspendeu o auxílio que lhe vinha dando. "Veremos", disse aquele, "se seu Pai celestial vem ajudá-lo."

Certa manhã de aperto, quando o velhinho não tinha mais nem um pedacinho de pão, ouviu-se o ruído de aves sobre o telhado da casa. Na luta que se travava entre elas, os corvos deixaram cair um pão de milho e um pedaço de carne, bem dentro do quintal do ancião. Trouxeram aqueles alimentos do mercado e, dentro de pouco tempo, a panela do velhinho começou a ferver. O padre sentiu o cheiro apetitoso. "Onde o senhor arranjou isto?" – exclamou. "Meu Pai celestial mo enviou", disse alegremente o ancião. Por causa desta experiência, o sacerdote ficou inclinado a examinar a verdade e se tornou cristão.

Quando os meios empregados são fora do comum, a vitória se torna semelhante à que foi alcançada por Elias.

Conversei com uma jovem senhora na Suécia; era uma colportora evangelista, uma dessas que vendem por todas as partes a literatura que contém a mensagem da verdade. Ela me disse que, em uma viagem através de certa região montanhosa, com seu livro para encomendas, o Prospecto, ficara sem ter o que comer. Sentia-se tão fraca que supunha não poder chegar ao pouso seguinte.

Afastou-se um pouco do caminho e orou a Deus para que lhe desse força para prosseguir. Voltando à estrada, encontrou um homem com um saco às costas. "Olhe aqui", disse o estranho, pondo o saco no chão, "a senhora quer isto?" E lançou mão de um pão que trazia, oferecendo-lhe. "E eu o recebi agradecendo bastante", disse-me ela. "Sem dizer mais nada o homem prosseguiu em sua viagem. Não pude reconhecer se era homem ou anjo. E não me interessava tanto isto. Era um mensageiro de Deus em resposta à minha oração. Disso eu sabia muito bem." 

Foi a um ribeiro, comeu o pão e bebeu da água fria da montanha, agradecendo a Deus. – W. A. Spicer.