AMOR  DIVINO  E  HUMANO

 

AMOR  DIVINO

S. João 3:16 e 17

 

Um ministro escocês em Glasgow estava num sábado pela manhã buscando ilustrar o amor de Cristo, e contou a história de uma mãe que tomou seu pequeno filho numa noite e foi para uma das montanhas escocesas. Caiu neve e ela perdeu o caminho. Exausta, foi forçada a deitar-se na neve, depois cobriu a criança com seu "xale". Na manhã seguinte ela foi encontrada morta.

Disse o ministro: "Seu filho foi achado com vida, e cresceu, deve ser hoje um homem de trinta anos de idade. Se ele ainda vive e se lembra daquela história, como sua mãe o salvou desabrigando-se a si mesma, estou certo de que se lhe expandiria o coração de amor por haver tido uma mãe tal. Deve reverenciar-lhe a memória e agradecer a Deus constantemente pelo que ela por ele fez. E tu, amigo, se não amas a Jesus cristo, que morreu para te salvar, em um filho ingrato."

Passados uns poucos dias, foi o ministro chamado para conversar com um homem moribundo, que havia muito estava enlameado no pecado. Era o filho daquela mãe. Ele fora à igreja naquela manhã e ouvira a narrativa. Não podia evadir-se da aplicação da mesma. Em seu leito de morte aceitou o Cristo do Calvário. – Keith L. Brooks.

 

O  AMOR  É  CORTÊS

 

O general Lee dirigia-se de trem para Richmond. Havia muitos homens no carro. Numa das estações embarcou uma senhora bastante idosa e visivelmente enferma. Tinha já percorrido quase todo o carro, quando chegou junto do general, que se levantou e lhe deu o lugar.

Imediatamente muitos homens se ergueram para oferecer ao atencioso militar a sua cadeira. "Obrigado, cavalheiros" – respondeu ele – "onde não há lugar para uma senhora idosa e respeitável, muito menos haverá para um general." – O.S. M.

 

UM  NOBRE  ROMANO

 

Talvez vocês já tenham ouvido a história de um jovem romano que fora condenado à morte. Tinha cometido um crime de traição e acabava de ser condenado à morte pelos juiz, quando se adiantou o seu irmão mais velho que tinha servido à pátria nos campos de batalha, defendendo-a contra os inimigos e perdendo os dois braços.

Este, pondo-se em pé diante dos juízes, erguendo os tocos dos braços decepados, intercedeu pela vida do irmão; não pelo que o irmão fizera, mas pelo que ele, o intercessor, fizera. Reconhecia que o seu irmão era criminoso e merecedor da morte; mas, pelo que tinha feito em defesa da pátria, implorava que a vida lhe fosse poupada. Considerando os argumentos deste nobre romano, os juizes, pelos seus merecimentos, perdoaram o irmão criminoso.

É exatamente o que Cristo faz por todos nós, pecadores. Cristo morreu no Calvário para que pudéssemos viver. Nós merecemos a morte; mas, pela intercessão de Cristo, que deu a Sua vida para nos salvar, Deus perdoa os nossos pecados. – The Traveler's Guide.

 

O  PODER  DO  AMOR

 

Há muitos anos, havia em Chicago um rapaz que freqüentava uma das escolas dominicais; sua família, porém, mudou-se para outra parte da cidade que distava cinco quilômetros da escola mencionada. Depois de haver mudado de residência, para assistir a sua antiga escola tinha necessidade de passar em frente de outros lugares onde se reuniam outros escolas dominicais.

Um domingo de manhã, uma jovem estava buscando alunos para sua escola e, encontrando este jovem no caminho, lhe perguntou por que ia tão longe para assistir à escola dominical, havendo outras mais perto e tão boas como a sua. O jovem respondeu:

– Talvez todas sejam boas para as outras pessoas, mas para mim não o são; porque aonde vou, me amam.

– Então, disse a senhorita, foi o amor que te ganhou.

Quão fácil é ganhar almas por meio de um verdadeiro amor!

–  Moody.

 

AMOR

 

Conta-se a história de uma órfã que foi adotada por uma adorável senhora que desejava ouvir a disparada de pequeninos pés e o riso de crianças. A menina estava encantada com o seu novo lar e os vestidos novos que sua nova mãe lhe fizera. A senhora a ensinara a chamá-la "mamãe". E puxou-a então a si e beijou-a. A pequena, que jamais havia conhecido o amor de mãe, olhou surpresa com os seus lindos olhos azuis, e perguntou: "Mamãe, que é isso?"

"Querida", respondeu a senhora, "isto é amor!" "Oh, mamãe", suspirou a menina, "se isto é amor, eu desejo mais."

Quando provamos as "insondáveis riquezas" do amor de Cristo, também desejamos mais dele.

 

A  CHAVE  DE  OURO

 

O amor é a chave do coração humano. Anos atrás, no intuito de ajudar alguns pequenos das ruas escuras de Nova York, uma organização humanitária recorreu a certos agricultores residentes nos distritos adjacentes, a fim de tomarem esses rapazes em suas casas, no campo, onde os verdes gramados de Deus, as árvores e os belos prados espaçosos poderiam ser vistos pela primeira vez por esses pobres párias.

E um dos garotinhos, um "ratinho de armazém", como lhe chamavam, foi trazido para a casa de um fazendeiro exatamente na ocasião em que eles iam ter um convescote com os membros da igreja. Não sabiam que fazer com ele. Não desejavam levá-lo consigo, para que não lhes servisse de embaraço. Não queriam deixá-lo em casa sozinho, receando que fizesse qualquer roubo. Escolheram, portanto, o menor dos dois males, e o levaram também ao piquenique.

Os meninos fizeram uma jangada no rio e começaram a divertir-se com ela na corrente. Tudo ia muito bem, mas eis que um dos pequenos caiu na água. Os mais velhos achavam-se afastados da corrente, quando ouviram os gritos frenéticos que soltava e correram a salvá-lo. Antes que chegassem, porém, o "ratinho de armazém" atirou-se à água e salvou o rapaz.

Era pleno inverno. Fazia frio e a água estava, por assim dizer, gelada, o que produz uma sensação deveras desagradável. Assim que o rapaz tinha sido salvo, as pessoas presentes tiraram suas capas e o envolveram. Animaram-no e sufocaram-no de beijos, afagando-lhe ternamente o rosto. Entretanto, o outro rapazinho permanecia de pé junto à multidão, tremendo de frio. Alguém propôs fazerem ali uma subscrição para ele. Tiraram 20 reais e mandaram o superintendente da escola dominical oferecer o presente ao pobre pequeno. E ele disse: "Meu homenzinho, desejamos dar-lhe isso como uma pequena prova de nossa apreciação." E passou-lhe a carteira. 

Mas o rapaz ali ficou a tremer de frio, e disse: "Senhor, não aceito o seu dinheiro. Quero antes que o senhor me faça uma coisa. Não quer fazer o favor de dizer a alguém aí que me ame?"

 

Oh! O amor é a chave de ouro que descerra o coração dos homens!

Quando Livingstone, a mil e seiscentos quilômetros de Zanzibar, morreu de joelhos, aqueles cinqüenta e seis nativos que o tinham acompanhado através do continente tomaram-lhe o corpo, tiraram-lhe o coração pois diziam: "Seu coração pertence à África, porque ele a amava" E enterraram aquele coração sob uma árvore. Depois carregaram o corpo com tudo quanto lhe pertencia por mais de mil e seiscentos quilômetros através dos desertos, enfrentando toda a sorte de perigos, combatendo tribos hostis, e o foram depositar, e a cada objeto que lhe pertencia, num porto. Ah! seu coração foi sepultado ali, à sombra daquela árvore, no coração da África, porque ele falava a língua da humanidade, o idioma do Amor. – A Supremacia do Amor.

 

ROSA  BONHEUR  E  SEU  LEÃO

 

Poucos há que não tenham visto alguns dos lindos quadros da pintora Rosa Bonheur, cuja especialidade era pintar animais.

Rosa possuía um leão domesticado, ao qual deu o nome de Nero, e que lhe era muito manso e dócil. Um dia Rosa teve de ausentar-se de Paris, onde morava, e assim mandou Nero para o Jardim Zoológico, certa de que lá iria ser bem tratado. Depois de viajar dois anos, voltou e foi ver seu querido leão. Para sua tristeza, encontrou-o muito doente e cego. Ali estava deitado sozinho a um canto, quando sua dona lhe disse: "Nero!" O pobre animal saltou imediatamente e, com grande rugido de contentamento, correu com tanta força em direção de Rosa que, batendo contra as grades da jaula, caiu atordoado. Rosa tomou seu fiel amigo e o levou para casa, cuidando dele até à morte.

Quando o grande leão estava a morrer, nos braços de sua dona, com a língua, áspera como um ralo, lambia debilmente as mãos bondosas de Rosa, segurando-as firmemente com as garras, em sua agonia mortal. Com essa derradeira carícia, parecia dizer: "Não me abandone!" Assim o amor amansa até as criaturas mais ferozes. – Dumb Animals.

 

AMAI-VOS  UNS  AOS  OUTROS

 

Em Miami, Flórida, jaz num leito de hospital o pequeno Allen McDonalds, de 10 anos de idade. Tinha mais da metade do corpo coberto de queimaduras de segundo e terceiro graus. O cirurgião declarou que uma operação de enxerto da pele era necessária a fim de salvar-lhe a vida.

Sem um momento de hesitação, o irmão de Allen, de 14 anos, prontificou-se a dar a quantidade de pele que fosse necessária. Sua oferta foi aceita, e o médico cortou 1625 centímetros quadrados de tecido das coxas de João e enxertou-as no corpo queimado de seu irmão.

Que admirável exemplo de dedicação fraternal! João McDonalds aceitara o repto de João, o apóstolo: "Amemo-nos uns aos outros." Aceitamos nós também? Talvez não sejamos chamados a ajudar um irmão queimado, mas que faremos ao deparar um animal ferido, uma criança perdida, uma família em necessidade?

 

JESUS AMOU-NOS QUANDO AINDA ESTÁVAMOS EM PECADO                                                                                              Rom. 5:8

 

Na linda ilha francesa de Guadalupe estava sendo realizada uma reunião evangélica ao ar livre. Um jovem, bastante alcoolizado, deteve-se para ouvir. Henrique tivera boa educação e chegara a ter perspectivas de uma brilhante carreira futura. Mas a bebida forte e más companhias o arrastaram para a sarjeta do pecado e da derrota. Agora, ao ouvir a pregação, o Espírito de Deus penetrou-lhe o cérebro entenebrecido, levando-lhe a convicção de que aquela vida inútil devia ser transformada.

Jesus Cristo desceu muito Sua mão, para salvar Henrique de seus pecados. Quando, anos mais tarde, me encontrei com ele, vi-me face a face não só com um fino cavalheiro cristão, mas também com um pregador voluntário de êxito testemunho vivo do poder salvador de nosso Jesus – Meditações Matinais.

 

 

 

CARIDADE  CRISTÃ

 

Houve uma disputa quanto à situação de uma cerca. A disputa agravou-se, terminando num processo. Nessa altura o lavrador Costa vendeu sua fazenda a um advogado da cidade. Este ouvira da demanda e logo se dirigiu ao local, para ver a tal da cerca. Apareceu o fazendeiro Silva, pura cumprimentar o recém-vindo. Depois das saudações, começou a falar na cerca e em suas pretensões.

       Onde acha o senhor que a cerca devia estar? perguntou o novo proprietário.

       A cerca está palmo e meio para cá, no meu lado, disse o senhor Silva.

Em resposta, o advogado indicou uma linha a três palmos para além.

       Ora, diz ele, ponha essa cerca ali.

       Mas, volveu o fazendeiro, isso é mais do que eu pleiteio!

       Sim, replicou o advogado, mas eu prefiro ter paz com meus vizinhos, a ter mais palmo e meio de terra.

       Bem. . . bem. . . tartamudeou, surpreso, o lavrador, isto não está certo! Esta cerca não há de se mudar mais, absolutamente, meu amigo!

E a demanda teve termo e os vizinhos viveram em harmonia.

Aquilla Webb.

 

O  PODER  DO  AMOR

 

Era uma radiosa manhã de primavera. O sol brilhante iluminava as ruas estreitas e pitorescas de Florença, projetando uma profusão de luz no gabinete de trabalho de um dos mais famosos pintores de Toscana, André Verrochio. Um rapaz muito pálido, curvado sobre seu cavalete, parecia completamente absorvido no trabalho. Sua nobre flauta era envolta por densa nuvem de tristeza.

De repente o jovem pintor foi interrompido. Uma mulher idosa, entrando no aposento, lhe disse com voz cheia de emoção:

– Meu filho, o mestre deseja vê-lo. Vá logo ter com ele.

Imediatamente, Leonardo deixou a palheta e os pincéis, e dirigiu-se ao quarto do seu venerando mestre, que se encontrava entre a vida e a morte.

– Leonardo, disse-lhe o doente, com voz muito sumida, estou prestes a morrer; quer fazer-me um favor? É o último pedido que lhe faço.

O jovem ajoelhou-se junto do leito de seu mestre, tomou entre as suas mãos a mão trêmula que se lhe estendia e respondeu com forte emoção:

– Meu mestre, para satisfazer um desejo seu eu irei aonde você quiser e tudo farei; não há sacrifício algum que me pareça grande demais, se eu o fizer pelo amor que tenho a você.

O doente fixou os olhos baços, durante algum tempo, nos de seu discípulo e depois disse:

– Leonardo, o trabalho que eu comecei para o altar do claustro de São João, você poderá acabá-lo por mim?

Leonardo baixou os olhos e, depois de alguns instantes, disse:

– Mestre, não sou capaz, absolutamente não sou capaz! Eu estragarei a sua obra se nela tocar.

Verrochio sorriu e disse com voz calma e nítida:

– Não, meu filho, faça o melhor que puder. Trabalha por amor a mim. A pintura precisa de ser acabada e você podes fazê-lo.

A tarde descia com suas sombras melancólicas. De uma pobre casebre de Florença começou a subir para o céu a súplica de um coração ardente: "Meu Deus, dizia Leonardo – porque era ele que se encontrava de joelhos – ajuda-me por amor de meu mestre a fazer o melhor que eu puder! Não sou digno dessa obra, bem o sei, mas auxilia-me por amor dele."

Passou-se um mês – período de sérias aflições para o jovem artista – pois ele sentia que a hora da partida de seu mestre se aproximava rapidamente. Afinal concluiu a pintura e apresentou-a ao doente, dizendo:

– Eu fiz o que pude, meu mestre, e tudo por amor a você!

Com grande admiração o bom velho, derramando lágrimas, respondeu-lhe, agitado por grande emoção:

– Meu filho, meu filho, você triunfou, e muito bem. Não preciso voltar mais ao trabalho e Florença orgulhar-se-á um dia do nome de Leonardo da Vinci! – Respigando.

 

DIVINAS  HARMONIAS

 

Um viajante que visitou a catedral de Pisa conta como parou defronte da majestosa cúpula e lhe contemplou as linhas graciosas.

Repentinamente o ar se encheu de música. A grande cúpula vibrava de harmonia. Ondas de música vibravam como sons de um grande órgão, para em seguida suavizarem e perderem-se como ecos à distância. As harmonias haviam sido produzidas pelo guia que, em dado momento, havendo retardado os passos, tangera uma corda tripla. Dentro da abóbada mágica, todo som se transforma em harmonias, e nenhuma dissonância pode atingir o ápice da cúpula e permanecer como tal.

Uma palavra, um passo, um ruído ou murmúrio da multidão, em baixo são, de alguma forma, transformados em notas agradáveis.

Se uma cúpula, obra das mãos do homem, pode harmonizar todas as dissonâncias, podemos nós duvidar que, sob a grande cúpula dos Céus divinos, todas as coisas possam juntamente contribuir para o avanço do divino propósito de redenção de todos quantos O amam?

Todo sofrimento, lágrima ou dor, podem ser amalgamados em harmonias dentro da cúpula celeste da divina graça.

 

DERRIBADA  A  PAREDE  DE  SEPARAÇÃO

Efés. 2:14

 

Ao visitar Jerusalém, encontramos duas raças ocupando a Cidade Santa, separadas por entrincheiramentos de arame farpado, e uma faixa neutra, cheia de casas danificadas por bombas. Por toda parte era evidente a amarga animosidade existente entre esses dois povos não cristãos.

Poucos dias depois visitamos outro país, e ali assistimos a um culto. Havia, na congregação, representantes de ambas as nações, de Jerusalém. Juntos, cantaram nossos hinos. Oraram juntos. Unidos, estudaram a Palavra de Deus. Nada de ressentimentos. Qual a razão dessa diferença? – Jesus!

O amor de Cristo havia derribado "a parede de separação que estava no meio". Eram agora um em Cristo Jesus. – Meditações Matinais.

 

O  AMOR  É  LONGÂNIMO

Deus  ama  você

 

Conta O. Funcke como seu pai, que era médico, foi chamado para atender a um menino acidentado, que, contra a proibição paterna, subira a uma alta escada e levara uma queda. Depois de o haver examinado, disse o médico aos pais:

– Aqui termina a minha arte. Gustavo partiu duas vezes a espinha. Quanto antes morrer, melhor para ele!

Então o pai se aproximou do menino, dizendo-lhe, com um olhar quase hostil:

– Você está vendo, menino desobediente, o que ganhou? Pois eu não proibira expressamente subir na escada? Ai de mim! agora não tenho mais filho e herdeiro!

A fisionomia do filho ficou como empedernida. Logo, porém, sua mãe veio ajoelhar-se-lhe ao lado, tomou-lhe uma das mãos e disse, num tom que denotava infinita compaixão:

– Gustavo, meu pobre Gustavo, Deus ama você, ama muito mais do que eu lhe posso amar. Crê que o grande e glorioso Deus dos Céus ama você, mesmo que agora o deixe descansar. . .

Nunca presenciei no rosto de qualquer pessoa tão rápida e feliz transformação como no rosto do pequeno Gustavo. Estendeu ambas as mãos, tanto quanto pôde, e disse:

– Ele me ama, Ele me ama, Deus me ama!

Morreu instantes depois, inconsciente, mas tendo um sorriso nos lábios. – Er ist unser Leben.

 

O  INDIGNO

 

Certa mãe pedia o perdão para seu filho a Napoleão. O imperador dissera que se tratava de uma segunda ofensa, e a justiça exigia a morte.

       Não peço justiça, disse a mulher, pleiteio misericórdia.

       Mas, respondeu o imperador, ele não merece misericórdia.

       Senhor, replicou a mãe, se ele merecesse não seria misericórdia, e é misericórdia tudo o que peço.

       Está bem, concluiu o imperador, terei misericórdia. – Adaptado.

 

O  AMOR

 

O evangelista Moody contava a seguinte história:

Em Brooklyn fiquei conhecendo um jovem. Quando rompeu a guerra, esse jovem estava noivo de uma moça da Nova Inglaterra e o casamento foi adiado. O jovem foi muito feliz nas batalhas em que tomou parte, até que, pouco antes de terminar a guerra, teve início a Batalha do Deserto. A noiva contava os dias que levaria para o noivo voltar. Esperava cartas, que não chegavam.

Afinal recebeu uma, trazendo no subscrito uma caligrafia diferente da que lhe era conhecida. A carta dizia o seguinte: "Houve outra batalha terrível. Desta vez fui infeliz: perdi ambos os braços. Não posso escrever eu mesmo, de maneira que estou ditando a um companheiro. Escrevo para avisá-la de que você me é tão querida como nunca; mas agora terei que depender de outras pessoas para o resto dos meus dias, e faço-lhe esta para desobrigá-la do compromisso do noivado."

Esta carta não teve resposta. No trem seguinte a moça se dirigiu para o cenário da última batalha e mandou avisar o capitão da finalidade de sua chegada, e conseguiu o número da cama do rapaz. Percorreu a enfermaria e, no momento que os olhos caíram sobre o número dado, correu para o ferido e, lançando-lhe os braços em torno do pescoço, beijou-o.

– Jamais o abandonarei, disse ela. Estas mãos nunca o deixarão; sou forte para sustentá-lo; hei de cuidar de você.

Meus amigos, vós não podeis cuidar de vós mesmos. Pelo pecado estais condenados. Cristo, porém, diz: "Eu cuidarei de ti."

 

O  PODER  DO  AMOR

 

Conta-se a história de uma águia gigantesca, nas montanhas da Escócia. Certo dia baixou ela a um quintal onde se achava uma criancinha num berço. Tomou o pequenino infante e subiu, subiu, subiu, até que afinal depositou o pobrezinho à borda de um rochedo. A mãe estava como louca. Toda a vila ficou horrorizada. E dirigiram-se para o pé do rochedo, discutindo ali a maneira de poder alcançar a criança.

Um musculoso marinheiro declarou: "Hei de apanhá-la." E pôs-se a subir pelo rochedo. Mal começou, porém, teve de voltar atrás. Então um rústico montanhês, acostumado a escalar montanhas, disse: "Eu a trarei." E subiu, subiu, mas eis que não pôde avançar mais, e voltou. 

Aproximou-se então uma camponesa que, vencendo toda resistência de todos, empreendeu a grande ascensão, subiu, subiu, mais, mais, até que chegou afinal ao pé da criança, descendo então pouco a pouco, chegando a salvo.

 

 

Por que será que o marinheiro e o montanhês não haviam sido capazes de alcançar a criança, ao passo que uma simples camponesa pôde fazê-lo? Ah! é que aquela mulher era a mãe da criança!

A Supremacia do Amor.

 

AMOR  QUE  SACRIFICA

 

O exercício da caridade, ou amor, às vezes exige algum sacrifício de nossa parte. Um menino tinha um lindo canário que cantava, maravilhosamente. Como ele gostava de ouvir aquele trinado mavioso! E como cuidava bem de seu canário, nunca lhe deixando faltar comida nem água!

Um dia a mãe daquele menino adoeceu e o canto do passarinho a incomodava muito. Vocês sabem que se uma pessoa tem dor de cabeça forte, ou febre, qualquer ruído a incomoda. Quando a mãe do menino lhe disse como o canário a incomodava com o seu canto, o pequenino ficou muito triste, mas não disse nada. Tomou lago a gaiola com o canário, e levou-os ao seu primo. Disse então à mãe que o canário não mais a incomodaria, pois havia dado de presente ao primo. A mãe, admirada, perguntou se ele então não amava o canário...

– Muito, disse o pequeno, mas a senhora sabe que eu amo a senhora muito mais, e não poderia ficar com uma coisa que lhe desse incômodo.

 

O  PODER  DO  AMOR

 

Um garotinho de quatro anos de idade foi levado, das favelas de Chicago, para um orfanato. Depois de lhe haverem dado o banho e o terem aprontado para ir para a cama, à noite, quando a empregada lhe indicou o leito alvo e macio, erguendo os lençóis limpos e convidativos, ele fez um gesto de espanto, dizendo:

       A senhora quer que eu entre aí? Pra quê?

       Claro, pois é aqui que você vai dormir!

O pequeno arregalou os olhos. A idéia de dormir num lugar desses era para ele compreender. Nunca em toda sua vida, dormira em uma cama.

Foi posto carinhosamente no leito e a empregada lhe deu o boa noite com um beijo. E aquele pedacinho de dente tirou a mão de debaixo das cobertas e esfregou na face, para enxugar o beijo.

– Por que a senhora fez isso? – perguntou intrigado.

Mas na manhã seguinte se achegou para a empregada e lhe pediu:

       A senhora não quer fazer aquilo de novo – aquilo que me fez ontem à noite?

Nunca dantes recebera um beijo, nem sabia da existência de tal expressão de afeto.

Uma semana depois, o garoto vinha para junto dela três ou quatro vezes ao dia e, com expressão de doçura, rogava: A senhora me quer amar um pouco?

Algumas semanas depois chegou ao orfanato uma senhora, desejosa de adotar um órfãozinho como filho, de maneira que a empregada lhe trouxe aquele garotinho. A senhora, fitando-o, disse:

– Tomazinho, você não gostaria de ir para minha casa? Ele ficou olhando para o chão. Tornou ela: – Eu lhe darei um cavalinho e uma porção de brinquedos, e você terá um tempo divertido, e lhe darei muitos passatempos interessantes.

O pequeno continuou fitando o chão, sem dar nenhuma atenção à senhora. Esta continuou falando, procurando persuadi-lo, e por fim o pequeno lhe fitou o rosto e disse:

– A senhora vai me amar, também?

Digo-lhes, amigos, há nesta historiazinha muito de patético, que nos fala eloqüentemente do poder do amor. – 1001 Illustrations.

 

BEBA  BASTANTE!

 

Um rapazinho, duma irmandade de sete, sofreu um acidente e foi levado nora um hospital. Ele vinha de um lar humilde onde a fome era terrível. Ali o copo de leite nunca estava bem cheio, ou, se estivesse, era repartido entre dois ou três irmãos. Depois de a criança haver sido acomodada confortavelmente no leito do hospital, uma enfermeira trouxe-lhe um grande copo de leite.

Ele olhou bem para o copo e, com a lembrança das muitas vezes em que tivera que repartir outros copos com os irmãos, perguntou: "Até onde devo beber?" Com olhar radiante e um nó na garganta, a enfermeira lhe respondeu: "Beba tudo."

Ó alma faminta e sedenta; quanto beberá do amor e da bondade de Deus? Não há restrição. Beba tudo; beba outra vez, e outra mais! Inexaurível é o suprimento.

Cenáculo.

 

AMOR  QUE  PERDOA  E  CRÊ

 

Uma jovem teve que abandonar o lar por causa dos maus tratos que o pai, ébrio, lhe infligia. Por muito tempo ela ficou muito ressentida com o pai, mas depois aceitou a Cristo, e seus ressentimentos cederam ao desejo de mostrar ao pai o que o amor de Cristo fizera por ela, e resolveu voltar para casa. Falou ao pastor acerca de sua resolução.

       Que fará você, perguntou-lhe ele, se seu pai continuar a implicar com você acerca de tudo?

       Esforçar-me-ei um pouco mais, respondeu ela.

       Que fará se ele a maltratar e acusar injustamente e você for tentada a perder a paciência?

       Orarei um pouco mais, foi a resposta.

       Que fará se ele a espancar e ferir, como tantos vezes fazia outrora? Não o abandonará, então?

A menina pensou por um momento, e então volveu:

       Eu o amarei com mais empenho.

 

Essa jovem possuía o amor de que Paulo escreve em I Cor. 13:7, amor que "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".

 

AMOR  INCONDICIONAL

 

Pessoas há que são descorteses porque são egoístas. Outras, porque são ignorantes, e outras, ainda, porque lhes falta imaginação. Jesus sempre Se interessava nas pessoas. Crianças, mendigos, doentes, a mulher junto ao poço, todos nEle encontravam um amigo. Sempre é edificante encontrar uma pessoa que tenha assimilado o espírito bondoso de Jesus.

Algum tempo atrás faleceu na Inglaterra um desses homens: Frank Higgins. Milhares o haviam ouvido falar, tinham-lhe visto o sorriso cativante e sentido seu cordial aperto de mão. Deu a vida à pregação do Evangelho aos rústicos trabalhadores nas derrubadas de matas, e à organização da assistência social entre eles. Frank Higgins amava os homens, não importava quão rude fosse o seu aspecto. Tão corpulento e corado era ele que poucos perceberam que estava literalmente dando a vida em favor dos outros enquanto andava, de lugar a lugar, levando às costas pesado cesto cheio de folhetos para distribuir aos trabalhadores.

Quando afinal teve de ser internado num hospital, para se submeter a uma intervenção cirúrgica, um grupo daqueles robustos homens que ele conduzira a Cristo combinou mandar um dentre eles em companhia de Frank, para de algum modo lhe ser útil, pois amavam muito aquele homem que lhes ensinara a amar ao Senhor. O homem escolhido era desses tipos agigantados e fortes, decididamente fora de lugar nos recintos de um hospital, e deixou-se ficar pelos corredores, aguardando oportunidade de ser útil a Frank. Ao chegar a hora da operação, disse-lhe: "Frank, você sabe que nós o amamos e queremos ajudá-lo; agora, enquanto os médicos vão fazer a operação, ficarei junto da porta; e, Frank, se os médicos virem que precisam de um litro de sangue, ou um pedaço de osso ou pele, podem contar comigo. Frank, você pode receber de mim a última gota de sangue ou cada um dos ossos deste corpo; não se esqueça, Frank, que estou junto da porta!"

Porventura nós já dissemos coisa semelhante Àquele que nos salvou, pela morte na cruz? – 1001 Illustrations.

 

O  AMOR  É  PACIENTE

 

Uma das provas mais dolorosas por que se pode fazer passar o caráter e a paciência de um homem foi a que sucedeu ao célebre filósofo Abauzi, quando residia em Genebra. Parece-se em diversos pontos com a desgraça que aconteceu a Newton e que ele suportou com igual resignação.  Entre outras coisas, Abauzi dedicava-se ao estudo do barômetro e de suas variações, com o fim de deduzir as leis gerais que governam a pressão atmosférica.

Durante vinte e sete anos fez, todos os dias, numerosas observações que escrevia em folhas de papel preparadas para esse fim. Um dia, a criada, que recentemente entrara ao seu serviço, quis mostrar o seu zelo, pondo tudo em ordem. O gabinete de Abauzi, assim como todos os outros aposentos, foi limpo e arranjado. Quando ele entrou, perguntou à empregada: – Que fez do papel que estava à roda do barômetro?

       Oh, senhor!, estava tão sujo que o queimei e coloquei no seu lugar este papel que está completamente novo, como o senhor pode ver.

Abauzi cruzou os braços e, depois de alguns instantes de luta interior, disse com toda a paciência, resignado:

     – Destruiu o resultado de vinte anos de trabalho; para o futuro não mexa em nada do que estiver neste quarto! Respigando.

 

DIFEREM  OS  CONCEITOS  DE  DEUS  E  DO  HOMEM

I Sam. 16:7

 

A uma senhora crente e muito formosa, perguntou-se qual o segredo de sua formosura. "Adorno meus lábios com a verdade, respondeu ela; para a voz, uso a oração. Meus olhos são ungidos com o colírio da pureza. Uso caridade para as mãos, amor para o coração e retidão para o meu corpo." – Meditações Matinais.

 

O  AMOR,  CENTRO  DO  CRISTIANISMO

 

A parábola do bom samaritano acentua o valor e a necessidade do serviço de amor entre os crentes. Do livro Er ist unser Leben, págs. 105 e 106, extraímos o seguinte:

"Perguntando o missionário Stanley Jones ao Mahatma Gandhi o que se deveria fazer para introduzir o cristianismo na Índia, respondeu Mahatma: 'Primeiro que tudo, eu aconselharia os cristãos a começarem entre si mesmos a viver como Cristo viveu.' Eu sabia, diz Jones, que através dos olhos de Gandhi me observavam os trezentos milhões da Índia, e como que diziam: Se os senhores quiserem vir a nós no espírito de seu Senhor, não lhes poderemos resistir. Nunca foi lançada ao Ocidente um repto maior que esse, e nunca foi feito com maior sinceridade do que nessa ocasião, pelo Mahatma. 'Em segundo lugar, prosseguiu ele, eu aconselharia que traduzissem em atos a sua religião, sem lhe fazer violência e a rebaixar.' Com estas palavras o maior vulto não-cristão da atualidade nos repta a levar a seus compatriotas um Evangelho não debilitado. Disse alguém que os chamados cristãos têm vacinado o mundo com um cristianismo suavemente degenerado, de modo que os homens agora estão imunes contra o cristianismo verdadeiro. Era terceiro lugar, continuou Gandhi, eu sugeriria que os senhores ponham ênfase no amor, porque o amor é o centro e a alma do cristianismo. Não se referia ao amor como simples sentimento, mas ao amor como poder em ação, e desejava que ele encontrasse aplicação por parte dos indivíduos, grupos, raças e nações, como poder unificador e salvação do mundo." – X.

 

 

AMAREMOS  OS  IRMÃOS

I João 3:14

 

Nas catacumbas de Roma encontram-se maravilhosos atestados da graciosa fraternidade que prevalecia na igreja primitiva. Os corpos de membros da mais alta sociedade romana ali estão lado a lado com os despojos de humildes camponeses, e mesmo escravos. As inscrições naquelas sepulturas de cristãos primitivos não fazem referência a posição ou casta. Eram irmãos em Cristo – isso bastava. Meditações Matinais.

 

A  CONFIANÇA  DO  AMOR

 

O Dr. Clay Trimbull gostava de contar o caso seguinte, que lhe demonstrou o segredo do poder de Napoleão sobre os seus soldados e o poder do amor e da confiança que estes lhe tinham: Encontrando-se com um veterano francês que servira às ordens do grande comandante, perguntou-lhe o Dr. Trimbull:

– Os soldados de Napoleão gostavam dele?

– Se gostavam!, exclamou o velho francês, aprumando-se todo, e com os olhos despedindo chispas de entusiasmo. Se gostavam! Críamos nele. Se Napoleão dissesse: "Vão para a Lua!", todos os soldados se poriam em caminho para lá. E Napoleão haveria de achar o caminho.

Nós temos um Comandante que é maior do que Napoleão. Encetai o caminho cristão, caros amigos, e Cristo no-lo abrirá. – 1001 Illustrations.

 

AMOR  MARAVILHOSO

 

Uma velha de rosto encarquilhado e repulsivo, depois de uma vida de incredulidade e pecado, se convertera, !ornando-se objeto de perseguição de seus maus vizinhos. De todas as maneiras procuravam perturbar, e provocar à ira, o espírito de paciência e bondade que agora ela possuía. Finalmente, um dos perseguidores, tendo esgotado todos os recursos para lhe tirar a paciência, exclamou venenosamente:

– Eu acho a senhora a velha mais feia que eu já vi!

Ao que a velhinha, rosto brilhando de uma luz que lhe dava uma fisionomia atraente e simpática, respondeu em lágrimas:

– E não é maravilhoso que Jesus pudesse amar a uma velha feia como eu? – 1001 Illustrations.

 

O  SACRIFÍCIO  DO  AMOR

 

Quem não tem lido com interesse o conto do toque de descanso?

Um jovem soldado, por uma ofensa, foi condenado à pena de morte e a hora indicada para sua execução foi o momento do toque de descanso.

Naturalmente tal morte teria sido terrível na primavera da juventude; mas a morte desse desventurado jovem foi duplamente terrível, porque ia logo casar-se com uma senhorita a quem amava muito.

A jovem, que o amava tão ardentemente, fez tudo quanto pôde para evitar sua morte; foi suplicar ao juiz e ainda foi ver Cromwell, o grande general, rogando-lhes que anulassem a pena de morte, mas tudo em vão. Em sua desesperada condição procurou persuadir e subornar o sineiro para que não desse o toque de descanso, mas isto tão pouco teve êxito.

Aproximou-se a hora da execução e todos os preparativos foram feitos. O oficial tomou o criminoso e o levou para o lugar determinado, ficando à espera de que se fizesse o sinal pura o toque de descanso.

Todos ficaram pasmados porque o sino não soou; só um ser humano sabia o motivo daquilo. A pobre senhorita, meio louca de desespero, pensando na terrível situação do noivo, havia subido à escada da torre, até onde ficava o sino e se agarrou ao badalo com toda a sua força. O sineiro estava no seu lugar à hora de costume, puxou a corda que pendia do sino e este começou a bambolear.

A valente jovem agarrou-se com mais força ao badalo e era sacudida juntamente com o sino. A cada movimento parecia-lhe que iria ser atirada pela janela da torre. Toda vez que o sineiro puxava a corda, a jovem ainda que naquela desesperada condição, mais se agarrava ao badalo, mesmo que suas mãos estivessem doridas e sangrentas, e a sua força, se esgotando. Por fim, o sineiro se foi, satisfeito de haver cumprido o seu dever. Sendo velho e surdo não notou que o sino não havia tangido. A valente moça desceu a escada, ferida e trêmula, e apressadamente foi do templo ao lugar da execução.

O próprio Cromwell estava ali, e no momento que ia mandar alguém saber o motivo do silêncio do sino, ela o viu, e sua fronte, antes pálida e triste, brilhou com esperança e valor. Contou o que havia feito e lhe mostrou suas mãos e faces ensangüentadas; embora desfalecida pela profunda angústia, encheu-se-lhe o coração de piedade e uma luz deslumbrou-lhe os olhos.

– Vá embora – exclamou Cromwell –, o toque de descanso não soará esta noite.

Pensa você que este jovem, redimido da condenação da lei pelo sacrifício do amor, consideraria difícil qualquer serviço ou sacrifício que fizesse por quem o havia salvo de uma morte segura? De nenhuma maneira; ele teria posto sua vida no altar do sacrifício por ela.

Escutai outra história, de um amor mais glorioso. A cena se deu no Calvário: Jesus, o filho de Deus, estava na cruz. A fronte, uma vez coroada com glória, agora está coroada de espinhos; as mãos uma vez estendidas para feitos de amor, de misericórdia, agora estão cravadas cruelmente na cruz. O coração, que uma vez palpitava e se compadecia das tristezas da humanidade, está atravessado pela lança que derramou seu precioso sangue. Oh! que triste momento na história do mundo! Ele tremeu, as montanhas estremeceram, o sol se escondeu, a pobre humanidade caiu na escuridão porque o Filho do Homem estava moribundo.

Escutai: "Está consumado!" O grande plano da redenção, nascido no amor de Deus, agora recebeu o último toque para cumpri-lo e Deus e o mundo se encontram reconciliados.

Ó amigos! Isto foi por nós! Correspondamos, não somente com nosso coração, e nossa vida, mas também com tudo que temos para glorificar ao Filho e estender Seu reino de pólo a pólo. – L.G. Broughton.

 

O  CRESCIMENTO  DO  AMOR

 

O crescimento do nosso amor e de nossa vida espiritual, não é coisa do acaso, que nos venha sem resolução de nossa parte. O novo nascimento de que Jesus falou a Nicodemos implica cedermos à operação do Espírito de Deus em nós.

O Dr. F.B. Meyer contou certa vez a seguinte experiência de um velho ministro do Evangelho:

Depois de fazer parte de um retiro espiritual e de um Instituto de Especialização, foi o ministro enviado para um campo em que não se verificava progresso no trabalho havia alguns anos.

O seu primeiro ato foi escolher um grupo de pessoas piedosas que todas as sextas-feiras se reuniam para orar em favor de uma renovação espiritual da igreja. Passados quinze meses a situação permanecia a mesma. Parecia que os céus estavam fechados.

O velho ministro convocou então a igreja para uma reunião de oração em conjunto. Afluiu grande número de crentes.

Após a leitura bíblica e oração, o ministro explicou o objetivo da reunião – despertamento espiritual da igreja.

Seguiu-se um silêncio sepulcral – todos esperavam e ninguém se manifestava.

Repentinamente um dos mais antigos e preeminentes oficiais da igreja se levantou e disse: "Penso que não veremos o Espírito Santo manifestar-se enquanto eu e o Sr. Jones não fizermos as pazes." Levantando-se, foi ao encontro do irmão citado e propôs-lhe que se perdoassem mutuamente e dessem por encerrado o velho caso que os separava havia cinco anos. Um longo aperto de mão selou a paz havia tanto desejada. O oficial voltou ao seu lugar e um profundo suspiro partiu do auditório.

Novo silêncio se fez no templo.

Logo um crente se levantou e disse: "Sr. Pastor, creio que não teremos um despertamento espiritual enquanto eu lhe disser coisas agradáveis e lisonjeiras na sua frente e falar do senhor pelas costas. Peço que me perdoe as minhas faltas do passado". Um apertado abraço traduziu o perdão do ministro.

Teve então lugar um dos mais tocantes quadros que aquele ministro jamais presenciara. Durante um quarto de hora todos os presentes se movimentaram, em silêncio e num ambiente de paz e perdão, procurando os seus adversários ou as pessoas ofendidas, implorando-lhes o perdão das faltas cometidas.

Aquela reunião marcou o início de um grande despertamento espiritual naquela igreja. – Duzentas Ilustrações, pág. 84.

 

O  AMOR  OBSERVA  A  REGRA  ÁUREA

 

– Não te precipites com o menino, disse Maria a seu marido, ouvindo-o exortar asperamente o filho a que se não demorasse pela rua quando tornasse da escola.

– Desejo apenas ser obedecido, retorquiu o marido e, voltando-se para o menino, disse: Agora vá para a escola e, quando voltarem, vem diretamente para casa; do contrário eu te ensinarei.

Carlos despediu-se enxugando as lágrimas que ocultamente lhe deslizavam pelas faces. Era um belo e guapo rapaz de nove anos de idade, cheio de vida, e, portanto, naturalmente disposto a toda sorte de desenvoltura. O pai, porém, parecia antes inclinado a olvidar que os meninos são meninos e que seria fora do natural, em um tal rapaz, não ser desembaraçado e esperto.

Teve, porém, de aprender à sua custa. Durante a tarde os seus negócios o embaraçaram um pouco, pelo que volveu à casa um tanto indisposto. Ele não era mau; enfadava-se, porém, facilmente quando as coisas não corriam conforme os seus desejos. Muito exato e pontual em tudo, não lhe suportava que outros não o fossem também.

Sentado ao fogão da sala, sua fisionomia revelava mau humor, que ainda mais se acentuou quando sua mulher lhe anunciou que Carlos voltara da escola todo molhado e coberto de lama.

– Onde está ele?, perguntou severamente o pai.

– Na cozinha, volveu a mãe; ele teme entrar, porquanto a empregada o avisou de que estavas em casa.

– Não admira que receie entrar, pois ainda ontem o exortei a não ir tão perto do rio. Manda-o entrar.

Carlos entrou, tiritando de frio. Um olhar do pai bastou para o convencer do que o aguardava.

– Não disse para você não ir tão perto do rio? Amanhã mostrarei a você o que penso deste procedimento, mas de um modo que você não esquecerá tão facilmente.

– Mas papai, disse o menino, permita-me que explique ao senhor como foi?...

– Não quero ouvir, vá para a cama!

– Desejo somente dizer ao senhor, papai, que...

– Já disse: cale-se! e com um gesto significativo acrescentou: Você vá para a cama ou se arrependerá.

O menino obedeceu vagarosamente, recolhendo-se ao quarto sem haver jantado. Quando Carlos deixou a sala, disse a mãe, comovida:

– Eu acho que você devia ter escutado o que Carlos tinha a dizer. Você sabe que no mais ele sempre tem sido bom filho, e que, se comete alguma travessura, é mais por inadvertência do que acintosamente.

– Bem, mas ele devia obedecer-me, visto como lhe proibi terminantemente de ir tão perto do rio.

Entretanto, parecia que uma nuvem sombria pairava sobre aquela habitação, em geral risonha e alegre. Quando os dois esposos se recolheram, o pai sentiu-se impelido a espreitar para dentro do quarto em que Carlos dormia.

Aproximando-se cautelosamente do leito e interceptando com a mão a luz da vela, fixou longamente o rosto do menino que ressonava tranqüilo. Intimamente se arrependia de sua atitude, embora procurasse reprimir esse sentimento dizendo de si para si que a consciência do dever o aconselhava a ser firme. Falando depois com a esposa, prometeu ouvir primeiro o que Carlos tinha a lhe dizer, antes de recorrer à medida extrema.

Essa ocasião, porém, não veio. No dia seguinte, ao acordar, notaram com surpresa que o menino tinha sida acometido de uma inflamação cerebral, de que não mais conseguiu restabelecer-se. A despeito de todos os desvelos e do desejo ardente com que estavam os pais de que Carlos os tornasse a reconhecer, o infeliz menino faleceu algum dias depois.

Quando a notícia da morte de Carlos alcançou a escola, um dos colegas íntimos do menino veio ter com sua família.

– Eu estava com ele quando entrou na água.

– Deveras?, inquiriu o pai. E você pode me dizer como foi?

– Sim. Dois meninos estavam pescando, quando, não sei como, um deles escorregou e caiu. Carlos, sem hesitar, atirou o boné, lançando-se após o rapaz, conseguindo, com dificuldade, arrastá-lo para fora do rio. Ele e eu o pusemos na margem. Carlos me pediu que nada dissesse, porque lhe haviam proibido de ir perto do rio, Pelo caminho sempre repetia: "Que dirá meu pai quando me vir assim? Porém, eu não podia proceder de outra maneira, devia salvar Tomé."

– Meu pobre e desventurado filho!, exclamou o pai. Era isto que me desejava contar, recusando-me a ouvi-lo. Deus me perdoe!

Lágrimas lhe rolaram pelas faces e ainda muitos anos depois o aspecto dos brinquedos e dos livros de Carlos lhe pungia o coração, o que podia ter evitado, se tivesse ouvido o filho antes de o condenar. – Pérolas Esparsas.

 

O  AMOR  É  PACIENTE

 

Alguns anos atrás, numa cidade industrial da Inglaterra, uma jovem se ofereceu ao superintendente de uma escola dominical para ensinar uma classe. O superintendente lhe disse que não havia classe sem professor, mas se ela quisesse sair a procurar um grupo de meninos e ajuntá-los numa classe, apreciaria muito. Ela fez isso, e reuniu uma classe de pobres meninos maltrapilhos. Entre eles, o pior e menos promissor era um chamado Roberto.

O superintendente convidou os meninos a irem a sua casa, um dia, que presentearia a cada um com um terno. Foram, e cada um recebeu o seu terno novo. Depois de dois ou três domingos, Roberto não apareceu.

A professora foi em sua busca e descobriu que seu terno estava rasgado e sujo. Convidou-o a voltar à escola. Ele foi, e o superintendente lhe deu outro terno novo. Depois de comparecer uma ou duas vezes, Roberto deixou de vir. De novo a professora foi a sua busca. Viu que o segundo terno havia seguido o caminho do primeiro. Referiu o caso ao superintendente, dizendo que estava completamente desanimada acerca de Roberto, e que teria de desistir de ajudá-lo.

–  Não faça isso, disse o superintendente; ainda tenho esperança de que existe em Roberto alguma coisa boa. Tente mais uma vez. Vou-lhe dar um terno pela terceira vez, se ele prometer assistir à classe regularmente.

Roberto prometeu. Recebeu seu terceiro terno e não mais deixou de vir à escola. Começou a interessar-se. Tornou-se um fervoroso e perseverante em buscar a Jesus e O encontrou. Tornou-se membro da igreja. Estudou para o ministério, e o fim da história é este: aquele menino maltrapilho, sujo e fujão tornou-se o Dr. Roberto Morrison, o grande missionário na China, que traduziu a Bíblia para o chinês. – 1001 Illustrations.

 

MORREU  POR  ELA

 

Um vapor fora de encontro a uma montanha de gelo, que lhe causara grande rombo.

Não havendo barcos salva-vidas para todos os passageiros, o comandante, rapidamente, numerou tantas papeletas quantos eram os lugares nos barcos e misturou-as com outras em branco, que somavam o número dos passageiros.

Quem tirasse papeleta numerada, iria para o barco, quem tirasse papeleta em branco, pereceria com o navio.

Havia um casal com uma filhinha, o marido tirou papeleta numerada e a mulher papeleta em branco.

Ele, rapidamente, levou a esposa para o barco, colocou-a em seu lugar, e pondo-lhe a filhinha nos braços, disse: "Quando ela tiver doze anos, conte-lhe o que está acontecendo hoje, e que o pai morreu para salvá-la."

Onze anos mais tarde a mãe cumpriu o último desejo do marido, e no dia que a filha cumpria o 12º aniversário, contou a história. Depois de ouvir, admirada, tão impressionante história, subiu a uma cadeira, colocada debaixo do retrato do pai e, tendo-lhe admirado a face por alguns minutos, em profundo silêncio, disse: "Eu te amo, papai, eu te amo, porque morreste em meu lugar." 

Há Um que morreu em meu lugar e em teu lugar. Vamos amá-Lo!

 

O  MARAVILHOSO  AMOR  DE  CRISTO

 

Em 1921 irrompeu um incêndio em uma floresta no Himalaia. "Que estão olhando?", perguntei a alguns homens que tinham os olhos fitos em uma árvore. Apontaram então um ninho de passarinhos em uma árvore a arder. Por sobre ela esvoaçava um pássaro em grande aflição. Poucos minutos depois, o ninho pegou fogo: "Agora, a ave mãe fugirá." Ao contrário, ela voou para baixo, estendendo as asas sobre os filhinhos. Dentro em pouco, a pobre ave, juntamente com os pequeninos, ficou reduzida a cinzas. Eu disse aos que estavam ao redor: "Não é de pasmar esse maravilhoso amor?

Pensem quão mais maravilhoso deve ser o amor dAquele que amou tão abnegadamente Suas criaturas! O mesmo abnegado amor trouxe Jesus Cristo aqui a fim de tornar-Se homem, para que, dando Sua vida, pudesse salvar-nos, a nós que estávamos perecendo em nossos pecados."

– Maria R. Acomb, em The Pilot.

 

PROVAS  VISÍVEIS

 

Um evangelista contou que ele tinha estado a pregar o Evangelho no bairro mais perigoso de uma grande cidade. Entre os seus ouvintes achava-se um bem conhecido ateu que o desafiou pura um debate em público. O desafio foi aceito pelo evangelista sob uma condição. Pediu ao ateu que, no dia do debate, levasse um bêbado, que tivesse deixado o vício pela influência do ateísmo; uma decaída que tivesse mudado de vida pela leitura de livros ateus; um jogador que tivesse abandonado o jogo por ter abraçado o ateísmo.

Em seguida o evangelista disse: "Prometo marchar à frente de um pequeno exército de ex-bêbados, ex-meretrizes e ex-jogadores que abandonaram seus vícios por terem ouvido a pregação do Evangelho de Jesus Cristo e foram salvos pelo poder de Deus." O ateu calou-se. Que podia ele dizer diante das "Provas Visíveis?" – A Voz Missionária.

 

A  FILHA  PRÓDIGA

 

Era uma vez um negociante que tinha uma filha, prendada, bonita e inteligente. Filha única, tornara-se o alvo de todo o afeto e de todas as esperanças de seus pais. Possuidores de muito dinheiro, conseguia a jovem tudo quanto desejava, mas o seu coração era vazio. Nada havia que não estivesse ao alcance de suas mãos.

Entregou-se de corpo e alma aos divertimentos profanos. Percebia, entretanto, que a felicidade que buscava, dando pasto às paixões, estava um pouco adiante das suas realizações. Foi de queda em queda e, depois, de abismo em abismo. Entrou pelos lupanares a dentro, chegando aos lugares mais abjetos. Recebeu insultos e tapas de miseráveis. Mas no fundo de seu coração guardava imperecível o seu amor para com os pais. Os duros desenganos, longe de apagar o seu afeto filial, mais o intensificavam.

Certa noite recebeu a visita de um dos seus amigos favoritos, moço de boa família e de acurada educação. Estava, entretanto, completamente transformado, o rosto cheio de manchas, a boca infecta, o bafo impregnado de vapores alcoólicos. Ele tentou agarrá-la, mas ela fugiu-lhe.

– Você tem medo de mim? – perguntou-lhe. – Sou um farrapo de homem...  Uma pústula social... Você está certa. É verdade. Mas eu sou apenas um espelho onde poderá também contemplar o seu próprio rosto ... Que é da menina de outrora? da moça rica? da jovem elegante? Um farrapo, também. . .

Foi somente nesse dia que a pobre decaída compreendeu a magnitude de sua miséria, moral e física. Resolveu atirar-se em baixo de uma locomotiva. Tinha apenas um desejo para satisfazer, antes da morte: ouvir a voz saudosa da querida mãe.

Dispôs de tudo quanto tinha, distribuiu entre suas infelizes companheiras as roupas e objetos de estimação, preparando-se, depois, para uma longa viagem, onde haveria uma interrupção, seguindo-se a eternidade.

Viajou todo o dia, concentrada em si, recordando os dias mais felizes de seu passado, a juventude e a meninice.

E a viagem prolongou-se pela noite a dentro. Checou, pela madrugada, à sua terra natal. Temendo que o dia a surpreendesse, foi da estação a pé à casa de seus pais. Pretendia encostar o ouvido à porta, esperar que sua mãe se levantasse, na alvorada, como de costume, dentro de uma ou duas horas, ouvi-la chamando pelo marido, e depois retirar-se, como se fosse uma ladra receosa da chusma de perseguidores.

Fez como havia pensado, mas, ao sentar-se na soleira, ao colocar o ouvido à porta, percebeu que estava aberta e se moveu sobre os gonzos. Lá dentro se ouvia barulho, chinelos se arrastavam, cadeiras eram empurradas. O coração batia descompassadamente, mas não tinha forças para se levantar.

Então abriu-se a porta e surgiu de dentro, com a lamparina na mão, a estremecida velhinha por quem viera de tão longe.

– Minha mãe, perdoe-me, – disse banhada em lágrimas.  – Não queria entristecê-la com minha presença. Desejava apenas ouvir sua voz, pela última vez, antes da morte, mas a porta estava aberta... Não foi culpa minha...

Levantando-a, carinhosamente, beijando-a na face, sua mãe lhe respondeu:

– Filha, desde que você partiu nunca mais esta porta se fechou, nem esta lamparina ficou sem chama durante a noite. Quantas vezes o vento fez ranger os gonzos, tantas vezes me levantei, pensando que você estava de volta. Não queria que minha filha viesse um dia procurar-me e pensasse que esta porta não lhe seria aberta...

 

O  AMOR  NUNCA  DEIXA  DE  EXISTIR

 

Quando Romney, o grande artista inglês, era jovem, enamorou-se de uma senhorita e se casaram; porém a sua paixão foi maior pela sua arte. Um dia soube que o Sr. Josué Reynolds dissera que fora uma lástima o fato de Romney haver se casado, porque tinha talento para chegar a ser um grande artista e então não poderia subir muito devido a ter que cuidar de sua esposa. Ao ouvir isto Romney separou-se de sua jovem esposa e foi para Londres. Pintou vários quadros de pessoas da mais alta posição social de toda a Inglaterra, produzindo assim, pinturas tão notáveis que valiam muitos milhares de dólares. Isto fez com que ele adquirisse renome e fama em Londres por algum tempo; porém começou a envelhecer e enfermou. Juntou todas as suas coisas e voltou para sua esposa, que ficara no norte da Inglaterra. Ela o recebeu e cuidou dele ternamente até que morresse. Alguém disse, então, que o espírito que sua esposa manifestou foi de maior valor que todas as pinturas feitas por ele.

Muitos professam ser de Cristo, porém, deixam e desfazem os Seus planos. Afinal voltam e morrem nos braços de Cristo, o qual, apesar de tudo, nunca os deixa, mas com eles fica através dos anos. 

Tannyson's Poems.

 

O  AMOR  CONSTRANGE

 

Faz alguns anos, edificamos um templo em Chicago e por isso estávamos muito ansiosos por mostrar ao povo o amor de Deus. Pensávamos que, se não pudéssemos inculcá-lo nos corações mediante a pregação, trataríamos de gravá-lo a fogo neles. Assim, com esta intenção, fizemos colocar no púlpito estas palavras com luzes: "DEUS É AMOR".

Numa noite em que caminhava certo homem pela rua, olhou por dentro da porta da igreja e viu o texto. Era um pobre pródigo. Seguindo adiante o seu caminho ele pensou: "Deus é Amor". . . Não!.. . Ele não me ama, porque sou um desgraçado pecador." Tratou de esquecer-se do texto, porém ele parecia brilhar perante os seus olhos com letras de fogo; com este pensamento caminhou mais adiante, mas voltou atrás e entrou no templo.

Não ouviu o sermão; mas as palavras deste lacônico trecho se haviam gravado profundamente em seu coração e isto bastou.

É de pouca importância o que digam os homens, se somente a Palavra de Deus tem entrada no coração do pecador. Ele ainda permaneceu depois da bênção e eu o encontrei chorando como uma criança. Expliquei-lhe as Escrituras e a luz do Evangelho brotou em seu coração, o que fez com que se regozijasse em Cristo. – D. L. Moody.

 

COM  VERGONHA  DE  VOLTAR  AO  LAR

 

Os filhos são os tesouros mais preciosos dos pais. Os anelos do coração de um pai também são bem ilustrados por Charles F. Brown, numa história que lhe foi narrada por seu colega, que mora em Nova York.

Conhecia um homem que em sua meninice ficou cansado de estar em casa, e portanto fugiu. Tornou-se um marinheiro, e por dez anos trabalhou nos navios, ficando grosseiro, duro e bruto. Nunca, durante todo este tempo, escreveu uma carta ao lar. Pensou que em sua casa já o teriam por morto. Finalmente seu desejo de voltar ao lar tornou-se tão grande que decidiu voltar.

Entrou no porto, tomou um pequeno barco e remou em direção ao lar. Sobreveio-lhe a idéia de que talvez todos estariam mortos. Tinha vergonha de ser visto durante o dia, portanto, esperou até à noite. Então remou em direção da casa, mas viu uma luz, e alguém que se movia na praia. Não desejava encontrar estranhos, e por isso se retirou outra vez. Voltou às dez, mas a luz continuava no mesmo lugar. Retirou-se outra vez e esperou até às onze, mas a luz estava ali ainda, e alguém estava andando pela praia. Aproximou-se do lugar e eis que seu pai, de barba branca, olhos melancólicos, coração quebrantado, estava ali. Noite após noite, durante dez anos, havia colocado uma lanterna para guiar e receber o seu filho, que voltaria ao lar paterno.

Deus é assim. É um pai, e nenhum filho, jamais, será esquecido por Sua mente infinita e dos propósitos inumeráveis de seu coração amante.

 

UM  PAI  QUE  AMA

 

Um jovem empregado numa igreja de Londres perdeu sua esposa. Tinha um filhinho. Os anciãos da igreja tinham a esperança de que algum dos parentes viria e tomaria cuidado da criança, mas nenhum apareceu. Dois ou três anos passaram-se. Um domingo, quando a igreja estava cheia, o ministro subiu ao púlpito, guiando uma criança pela mão, sentando-a adiante consigo. Começou o sermão.

Em seu sermão o ministro falou da mãe de Cristo, e a agonia de sua alma ao ver Jesus morto na cruz. Disse: "Pensai na vida de uma criança sem os ternos cuidados de uma mãe! Quem jamais pode envolver um filhinho? Quem pode cuidar, acariciar, quem pode amar como uma mãe?"

Tão grande era o seu sentimento, que a voz forte e dominante parou, como que esperando uma resposta. Em meio do silêncio de toda a congregação uma voz suave, como de uma criança, fez-se ouvir, tão clara e docemente: "Um papai também faria tudo da mesma maneira, querido papai!"

Assim, nosso Pai, com um coração mais amante que o de mãe, com uma simpatia mais pronunciada que a de um irmão, com um amor que excede a todo o amor humano em conjunto, procura fazer o maior bem à família humana. Não podemos nós, então, dizer com Jesus: "Nosso Pai?"

The Lovers Love.

 

A  MAJESTADE  DO  AMOR  DE  DEUS

 

Um cavalheiro, que pensava consistir o cristianismo somente em problemas misteriosos, disse a um velho ministro: Parece-me muito estranha a seguinte declaração: "A Jacó  amei, mas aborreci a Esaú."  

"Sim, é muito estranha", disse o ministro, "porém, qual é a parte que lhe parece mais estranha?" "Oh!", respondeu o cavalheiro, "o que concerne ao aborrecimento de Esaú."

"Bem, senhor", replicou-lhe o ministro, "quão maravilhosamente somos feitos e quanta diferença há entre um e outro!" A parte mais inconcebível desta história é como Deus pôde amar a Jacó. Não há mistério tão profundo como o do amor de Deus. – N.T.

 

PERDOADO

Sal. 32:1

 

Marc Guy Pears relatou certa ocasião a seguinte história em Chantangna:

Havia um jovem musicista na banda real de Hanôver; era muito brilhante, considerando-se os poucos que havia; o seu método superior de tocar conquistou-lhe fama. Ele gostava de tocar, à frente das tropas, músicas de combate. Porém ao vir a guerra, teve que ficar por muito tempo nas trincheiras, o que não o satisfez e conseguiu fugir.

Sabemos que a morte é a pena que se reserva aos desertores. Este jovem, todavia, escapou de ser preso. Mais tarde tornou-se um grande organista e, além disto, um astrônomo.

Construiu um telescópio e noite após noite mirava as estrelas até que finalmente descobriu um novo planeta. A princípio ficou atemorizado; recebeu depois os aplausos de todos, tendo sido mandado comparecer diante do Rei Jorge, de Hanôver, aquele mesmo que tinha decretado sua prisão.

Cheio de temor o jovem astrônomo não sabia o que o aguardava em tal circunstância e grande foi a satisfação que teve quando, abrindo o envelope que lhe foi dado, pôde ler a comunicação real do perdão de desertor.

O Rei Jorge, reiterando ainda o seu apreço, convidou-o a residir com ele em Windsor, dando-lhe o nome de Sir William Herschel.

A maravilhosa graça de Deus é, às vezes, refletida em corações humanos para atrair-nos ao Seu coração paternal.

 

TODOS  OS  MUNDOS  PERTENCEM  A  NOSSO  PAI

 

Jantei certa noite com o professor Chamberlain, da Universidade de Chicago, e perguntei-lhe qual é a linha de limite entre a geologia e a astronomia: se eu fosse um pouquinho mais ignorante do que sou, talvez pensasse que a ciência do geólogo terminava com a superfície da terra; no entanto, sei mais do que isto.

O Sr. Chamberlain não hesitou um só instante. Conhecia exatamente até que ponto a sua ciência tinha direito. Respondeu-me que a geologia chegava até o ponto em que de um lado um corpo cai para a Terra e no outro para o Sol. Ele disse ainda que este ponto variava de acordo com os três eixos desiguais das "esferas de controle" e que se encontrava dentro do raio mínimo de 620.000 milhas.

Perguntei-lhe então se era fato o que acabava de me dizer e a resposta foi que a distância em milhas varia, porém o ponto onde a atração do Sol é idêntica à da Terra é a linha de divisão entre astrônomos e geólogos.

O geólogo trata da ciência que se relaciona com a Terra; o seu negócio encontra-se justamente sob seus próprios pés e, quando o mandamos conservar-se sobre a Terra, ele requisita 620.000 milhas no ar como sendo uma parte dos seus estudos.

Se o geólogo, cuja ciência o envia a derrubar pedaços de pedra com o martelo, necessita de 620.000 milhas de espaço acima de sua cabeça para preencher sua ciência, eu não atenderei nem por um pouco aos conselhos daqueles que me admoestaram a permanecer sempre no nível do solo.

Sou um filho da Terra; apesar disto, sou também filho de Deus, porque todas as coisas pertencem a Ele, e se Deus é meu Pai, o que Lhe pertence é meu.

Dr. W.E. Barton.

 

 

 

DEUS  INFINITAMENTE  CUIDADOSO

Jó 38:22

 

O professor W.A. Bentley tem fotografado milhares de flocos de neve; porém jamais encontrou dois semelhantes.

Depois de quarenta anos de estudos ele acredita que nunca foram formados dois flocos idênticos ainda que os ângulos de cristalização de seus filamentos sejam de 60 ou 120 graus. Não existe nada feito mais ou menos por Deus. Nem dois flocos de neve, nem dois rostos são iguais. Ele chama a cada um pelo seu nome; até os nossos cabelos são numerados. – Relatório Homilético.

 

CONFIANÇA

 

Um soldado perguntou a um cristão se Deus perdoa ao pecador arrependido.

– Quando a sua capa se rasga ou suja, perguntou-lhe o cristão, o senhor a abandona como objeto inútil?

– Não, respondeu o soldado, eu a conserto, lavo e continuo a usá-la.

– Se o senhor tem tanto cuidado com uma simples vestimenta, como quer que Deus abandone a Sua própria imagem, embora manchada e desfigurada pelo pecado? – Lição dos Fatos.

 

DEUS  É  AMOR

I João 4:7

 

O célebre orador romano Cícero refere que Hieron, rei da Sicília, pediu a Simônides lhe dissesse que idéia formava da natureza da Divindade, e concedeu-lhe um dia para pensar sobre o assunto. No fim daquele dia Simônides declarou que a coisa não lhe parecia ainda claramente explicável e pediu mais dois dias para refletir. Terminado esse tempo, pediu mais três dias; e instando o príncipe pela definição de Deus, estranhando a demora do filósofo, este francamente confessou que quanto mais concentrava sua atenção sobre o assunto, quanto mais refletia, menos capaz se julgava de responder quem era Deus.

O que Simônides não pôde fazer, o discípulo amado fez numa só palavra:  Deus é amor. – Lição dos Fatos.

 

AMOR  DE  DEUS

 

Um dia, no tempo das Cruzadas, uma mulher de Alexandria apareceu na praça pública daquela cidade, em presença de Luiz IX, tendo numa das mãos um vaso cheio de água e na outra um archote aceso. Interrogada sobre a significação daqueles objetos, respondeu: "Com esta água eu queria extinguir as chamas do Inferno e com este archote incendiar o Céu, a fim de que Deus fosse amado não pela esperança de Suas recompensas, nem pelo temor de Seus castigos, mas por suas perfeições adoráveis."

Sublime sentimento, bem digno de uma alma que reconhece em Deus um Pai de misericórdia e quanto Ele merece por si mesmo toda a nossa confiança! – Lição dos Fatos.

 

QUANTO  PODE  UMA  DÁDIVA

 

Quando Livingstone foi para a África, uma senhora escocesa, que havia economizado trinta libras, deu-as ao missionário com estas palavras:

– Quero que o senhor se poupe de fadigas e exposições desnecessárias, contratando com este dinheiro um servo que lhe proteja o corpo, que o acompanhe para onde o senhor for e partilhe de seus sacrifícios e perigos.

Com esse dinheiro, Livingstone contratou Sebantino, servo muito fiel. No coração da África, um leão prostrou o missionado e esmagou-lhe os ossos do braço esquerdo.

Contudo Sebantino salvou Livingstone com o risco da própria vida. Que teria acontecido se a dádiva não tivesse sido feita? – Seleto.

 

O  JUIZ  QUE  PAGOU

 

Numa pequena cidade vivia um zeloso cristão que se tornara magistrado. Certa manhã, compareceu diante dele, na sala do Tribunal, um amigo de sua mocidade, que se havia desviado do caminho da justiça e cometera um delito contra a lei do país. Aqueles que conheciam as relações que havia entre ambos, esperavam que o juiz tratasse o homem misericordiosamente; ficaram, porém, muitíssimo surpresos ao ouvirem que a sentença foi pesada multa.

Ficaram ainda mais surpresos quando o magistrado se dirigiu ao oficial, dentro do Tribunal, e, tirando do próprio bolso o dinheiro, pagou a multa. Cumprira seu dever como magistrado, defendera a lei, mas também mostrou um pouco da misericórdia de Deus em favor de seu amigo, ao pagar a penalidade que a sentença lhe impunha. – Seleto.

 

O  ASSOMBRO  DO  ESCRAVO

 

Um negociante viajava num navio turco pelo Mediterrâneo. Um escravo muçulmano que se achava a bordo atraiu sua atenção. Procurou palestrar com ele, descobrindo logo que era esperto e inteligente. Ao saber das circunstâncias de sua vida, soube que era livre de nascimento, mas que caindo prisioneiro de guerra, fora reduzido à escravidão. O negociante penalizou-se muito com a triste condição do pobre cativo. Quanto mais reparava nele, mais se interessava por ele, mais simpatizava com ele. Por fim, começou a nutrir o idéia de remi-lo da escravidão. Indagando cautelosamente a respeito da quantia necessária, logo viu que a mesma excedia muito todos os lucros que esperava tirar daquela viagem. A idéia, contudo, não o abandonava. 

Por fim fez uma oferta, que foi aceita. Ora, aconteceu que o escravo percebeu o negócio, não sabendo o propósito do negociante, supondo, que ia passar de senhor para senhor como qualquer peça de fazenda. Saltou à frente e gritou: "Então o senhor que aparentava ser tão bondoso e compadecido, não passa, afinal, de um vil comprador de escravos?! Porventura não terei eu tanto direito à liberdade como o senhor mesmo?

Continuou numa torrente de invectivas enraivecidas, quando o negociante pôs ternamente o olhar sobre ele e lhe disse: "Sim, eu comprei a você, mas para lhe dar a liberdade." No mesmo instante acalmou-se a tempestade de indignação. Debulhou-se em lágrimas, e, caindo aos pés de seu libertador, bradou: "O senhor libertou-me o corpo mas cativou-me o coração. Sou seu escravo para sempre!"

Guia do Viajante.

O  AMOR  QUE  SALVA

 

Conta-se que certa vez José Wolff, o grande pregador do princípio do século passado, havia ido ao Oriente Próximo com o propósito de pregar a Segunda Vinda de Cristo entre as tribos maometanas do deserto. Uns beduínos o surpreenderam enquanto avançava por sobre a areia quente e, já que se tratava de um cristão, prenderam-no e o fizeram comparecer perante seu chefe. Este teria que decidir que espécie de castigo devia receber o afoito infiel. Como sheik, e não querendo condenar um homem sem ouvi-lo, deu oportunidade a José Wolff de se defender.

Este apóstolo aproveitou a oportunidade para falar ao sheik e seus homens do infinito amor de Deus, do sacrifício de Cristo feito pela humanidade, de todas as coisas maravilhosas que Deus está preparando para os que O amam, e falou com tanto fervor e com tanto amor que, quando terminou seu discurso, as lágrimas molhavam as faces morenas dos habitantes do deserto.

O sheik então pronunciou sua sentença. "– Deixem este homem livre – disse – é um crente em Deus!"

 

O  TESTAMENTO

 

Em uma das primeiras ruas de Nova York havia uma bela residência que se encontrava vazia nessa ocasião, pois os moradores estavam veraneando. Uma noite entrou um assaltante. Conhecia perfeitamente a casa toda. Estava justamente ocupado em arrombar a escrivaninha do chefe da casa. Era um ato detestável, pois não era outro senão o próprio filho da casa!

Ele tinha se entregado a uma vida de pecados. Desprezara as sérias advertências do pai. Sua maldade quebrantara o coração da mãe. Abandonara o lar porque seus irmãos o evitavam. Más amizades o instigaram contra seus pais. Julgando que o pai o quisesse deserdar, pretendia agora furtar o testamento paterno. Encontrou o que buscava. Em letras graúdas escrito num envelope: "Cópia do Testamento". Pela data, viu-se que fora feito logo após a última desinteligência do filho com o pai. Muito sério, o filho pôs-se a ler o testamento. Mas, que é que ele dizia?

"Meu amado filho Eduardo deverá receber toda a sua parte. Quero que seus irmãos e irmãs o acolham de novo, caso volte de seus desvarios. Digam-lhe que eu quis bem a meu rapaz, até o meu último alento."

Ali estava o assaltante, confuso e prostrado. Com os olhos arregalados, fitou o estranho testamento que tinha nas mãos. Sua consciência foi atingida como por um raio reconhecendo como era um miserável, inteiramente indigno do amor de semelhante pai. Se tão-somente pudesse varrer de si a vergonha dessa noite! Mas já não era possível. A escrivaninha violada falava uma linguagem por demais eloqüente.

Passaram-se os minutos, as horas. O desespero dilacerava o coração do pecador culpado. E quem sabe que saída teria o caso, se Deus, em Sua misericórdia, não tivesse vindo em socorro daquele filho pródigo? Não fora debalde que naquela casa se faziam orações, nem debalde que se lia a Palavra divina.

Eduardo prorrompeu em lágrimas, prostrou-se de joelhos e ... orou. Na manhã seguinte ele mandou um telegrama ao pai, pedindo insistentemente para lhe falar. Chegara o momento da reconciliação. O amor do pai partira o empedernido coração do filho, e ele se tornou um homem diferente.

 

Por acaso esta história não nos lembra o amor de Deus, o Pai? Que testamento Ele nos deixou? Um documento de seu amor divino, que ao pecador penitente, por mau e perverso que seja, oferece graça e vida eterna, em virtude da morte expiatória de seu próprio Filho, que Se deu a Si mesmo em favor dos pecadores! – Er ist unser Leben.

 

"MEU  PAI  DÁ;  NÃO  VENDE"

 

Uma pobre mulher jazia em seu leito de morte prestes a render a alma ao Criador. Uma sede abrasadora secava-lhe a língua, e ansiava por um pouco de água fresca. À beira do leito sua filha, mocinha de seus quatorze anos velava. Ela teve este pensamento: "Vejo lindíssimas uvas, sempre que passo pelo palácio real. Vou ver se me vendem um cacho, que não pode ser muito caro. Oh! se pudesse ao menos conseguir um cacho para minha mãe!" Em direção, pois, do palácio correu, e à entrada a sentinela perguntou com voz áspera, o que pretendia ali.

"Quero falar com o rei", explicou a mocinha. "É impossível! não pode!" "Mas minha mãe está morrendo! tenha dó da gente!" "Estranho nenhum tem licença de passar por aqui." Partiu-se o coração da moça, e as lágrimas irromperam de seus olhos.

Nesse momento chegou ali o príncipe, filho do rei, que, enternecido com o pranto dela, indagou da sentinela o que havia. Virando-se então para ela perguntou: "Menina, o que é que quer com o rei?" "Ah, meu senhor, minha mãe está à beira da morte, e eu queria comprar para ela um cacho de uvas, porque está abrasada por uma sede horrível." 

Ordenando que o acompanhasse, levou-a a uma das parreiras, e, cortando com a própria mão um dos cachos mais belos, entregou-lho dizendo: "Meu pai dá; não vende."  – Guia do Viajante.

 

VERDADEIRO AMOR

 

O pintor Ambrósio já pintara todos os quadros que pudera imaginar. Apenas um ele não conseguira pintar: um quadro que representasse o que é o verdadeiro amor. Acreditava ter encontrado esse verdadeiro amor em sua noiva, e deu ao quadro os traços da noiva. E esse quadro mereceu o primeiro prêmio.

Logo, porém, aconteceu que devesse sofrer grande desilusão em seu amor. Apressou-se então para o recinto da exposição onde se encontrava seu quadro, e rasgou-o com as próprias mãos. Como doido andava pelas ruas, dizendo sempre: "Procuro o verdadeiro amor!"

Passou-se muito tempo sem que ninguém tivesse notícia do pintor. Tornou-se velho e encanecido. Um dia o encontraram morto em seu estúdio, diante de um grande quadro. Este representava a crucificação de Cristo. O mais comovedor eram os olhos de Jesus, já tomados da sombra da morte próxima, mostrando bondade infinita, e dirigindo para o Céu o olhar súplice. Com o último alento, escrevera o pintor ao pé do formoso quadro: "O Verdadeiro Amor!" – Alberto Reinecke, Kraft und Licht.

 

DEUS  PROVEU  UM  SUBSTITUTO

Isa. 53:5

 

Anos atrás, um pequeno mascote do exército britânico na Índia, menino de dez anos de idade, ofereceu-se para receber o castigo que cabia a algum malfeitor desconhecido, em sua tenda. Com o quarto açoite o pequeno desmaiou, caindo ao chão, coberto de sangue. Os soldados levaram apressadamente o companheiro para o hospital, onde por dias ele ficou entre a vida e a morte. O culpado confessou o mal que fizera e apressou-se a ir ver o pequeno ferido.

– Ó Quintino, sinto demais!, soluçou o soldado comovido, você me poderá perdoar tamanha covardia?

– Não se aflija, Bill, disse o menino, calmamente; eu queria poupar-lhe o sofrimento. Jesus ama você, Bill. Ele morreu por você. Você também O vai amar, não vai, Bill?

O castigo fora tão grande que o pequeno não resistiu a tanto, e com essas palavras ele cerrou mansamente os olhos – acabaram para sempre os seus sofrimentos. Mas Bill começou nova vida, com Deus. Quintino deu a vida a fim de que aquele soldado, amigo seu, pudesse viver.

Meditações Matinais.

 

A  FORÇA  DE  QUE  NECESSITAMOS

Isa. 40:29

 

Deus prometeu força suficiente para enfrentarmos os desafios que nos vêm dia a dia. Esta força é de três espécies básicas: força para enfrentar crises físicas, força para fazer face às provas do espírito, e força para vencer o pecado.

Um exemplo de força física especial ocorreu em Tampa, Flórida, faz pouco tempo. Um adolescente ergueu com o macaco o automóvel, e meteu-se debaixo para fazer qualquer trabalho no depósito de óleo. De súbito o macaco cedeu, deixando cair o carro sobre o corpo do moço. Seus gritos de socorro fizeram com que sua mãe e o padrasto viessem da casa correndo.

O padrasto, imaginando que a única maneira do erguer os 1.750 quilos do carro de sobre o corpo do rapaz, era empregar o macaco. Segurou-o, e começou a trabalhar. A mãe, porém, se bem que em mau estado de saúde, agarrou impacientemente o pára-choque de trás, e ergueu direito o carro no ar. O rapaz aprisionado safou-se imediatamente. Ao ser-lhe perguntado como fez isto, a mãe disse: "Eu só sabia que tinha de salvar meu filho."

Idênticas manifestações poderiam ser citadas para mostrar como Deus capacita o espírito do homem para enfrentar as provas e crises da vida.

¨     Um médico missionário encontra-se paralisado pela poliomielite, mas abre valorosamente seu caminho a certo grau de restauração que lhe permite ocupar um lugar de utilidade na vida.

¨     Uma jovem, em terra pagã, permanece fiel a Cristo a despeito da perseguição.

¨     Uma viúva com nove filhos ergue-se com êxito a seu novo papel de mantenedora, bem como de mãe de família.

 

"PÃO  DE  CASA"

Prov. 25:25

 

Um soldado na última guerra tinha sido desenganado e o cirurgião ordenou que se comunicasse aos seus progenitores. O pai veio de longe trazendo consigo um pão fresco. Quando chegou, o moço estava numa condição por demais melindrosa e não podia ser excitado.

Mas o velho homem debruçou-se sobre o jovem e cochichou-lhe: "Filho, aqui tenho um pão feito por tua mãe."

"Pão de casa!" – debilmente balbuciou o moço moribundo. – "Dê-me um pedaço, depressa!"

O seu desejo foi satisfeito; curou-se-lhe o ponto fraco e, daí em diante, o jovem começou a melhorar. – Relatório do Trabalho Cristão.

 

A  ESTRELA  NA  JANELA  DIVINA

Rom. 5:8

 

Pouco depois de haver perdido o único filho numa batalha, Sir Harry Launder, renomado comediante e escritor, foi visitado por um homem no vestiário de seu teatro. "Algumas noites antes que ele me fosse procurar", – conta Sir Launder – "esse homem ia descendo uma rua em Nova York acompanhado por seu filhinho. O menino interessou-se muito nas janelas iluminadas das casas, e batia palmas ao ver numa delas uma estrela (que indicava que um membro da família estava servindo nas forças armadas).

À medida que iam andando, ele dizia: "Olhe, papai, outra casa que deu um filho. E ali está outra! E ali uma caso que tem duas estrelas! E olhe! Aquela casa não tem nenhuma estrela!"

Por fim chegaram a um terreno vago. Pela abertura podia-se ver a estrela vespertina brilhando vivamente no firmamento. O menino, respirou fundo. "Oh, papai, veja ali", exclamou ele, "Deus deve ter dado Seu Filho, pois Ele ganhou uma estrela na janela!"

 

FLORES  –  MENSAGENS  DE  DEUS

 

Há muito tempo, Napoleão Bonaparte lançou na prisão um jovem da nobreza, acusado de conspirar contra o governo. Esse pobre homem acostumara-se à vida em liberdade, criado que fora na abastança. Sua vida de estreito confinamento numa cela exígua, sem amigos, sem livros para ler, era por demais solitária. Apenas duas horas por dia lhe era permitido ficar fora, num pequeno pátio ladrilhado, onde gozava do ar puro e da luz do Sol.

Como os dias lhe decorressem lentos, distraía-se ele fazendo, de pedacinhos de madeira, pequenos navios, e rabiscando frases na parede. Entre estas liam-se coisas muito tristes. Num lado da parede escreveu em letras garrafais: "Todas as coisas vêm por acaso."

Um dia, quando andava para cá e para lá, no pequeno pátio, notou uma plantinha a brotar no interstício das pedras. Na falta de outra coisa para lhe afugentar o tédio, abaixou-se e pôs-se a examinar a plantinha. No dia seguinte fez a mesma coisa, e pareceu-lhe que a planta crescera um pouco. Dia após dia renovava a visita à planta, que se lhe tornou como um amigo. E ficou a cismar: Teria essa planta também vindo por acaso?

Abaixo das palavras "todas as coisas vêm por acaso", escreveu a palavra: "Talvez." Apôs alguns dias, desabrochou uma flor, de linda cor branca e púrpura, com um friso prateado. Como o prisioneiro se alegrou! A bela florzinha parecia trazer-lhe uma mensagem. Como que lhe dizia que coisa alguma acontece por acaso, que o grande Deus tem um propósito em tudo que acontece. Isto o reanimou, e reviveu-se-lhe a fé em Deus. A influência da florzinha continuou. Chegou aos ouvidos da imperatriz a história do interesse do prisioneiro na flor, e ela se comoveu e persuadiu a Napoleão a dar liberdade ao preso.

Ao deixar a prisão, levou consigo a plantinha e a plantou em seu jardim, a fim de que lhe fosse um perpétuo lembrete da solicitude de Deus.

Essa bela história lembra outra: O grande explorador Mango Park foi um dia assaltado e roubado por selvagens, no coração da África, a 800 quilômetros da mais próxima colônia européia. Sem roupa nem alimento, pensava em deitar-se ali no deserto e deixar-se morrer, quando notou uma pequena flor junto do lugar em que estava sentado.

Ao baixar-se para examiná-la, veio-lhe o pensamento de que, por certo, Aquele que criara aquela flor no deserto não ficaria indiferente a uma criatura feita à Sua própria imagem. A idéia inspirou-lhe novo ânimo, e resolveu prosseguir até que achou socorro. Assim, a pequenina flor foi instrumento em incutir-lhe ânimo e salvar-lhe a vida.

 

ARRIEM  OS  BALDES

 

O grande Amazonas despeja quantidade tão enorme de água doce no Oceano Atlântico, que por quilômetros e quilômetros, fora de vista da terra, em frente à foz do caudaloso rio, as águas do mar são doces como as do rio.

Há anos um navio a vela, partindo da Europa em demanda de um porto sul-americano, encontrou tantas adversidades que a travessia dilatou-se além de todo cálculo, e a água potável de bordo, não obstante todo cuidado escasseou, faltando completamente.

Algumas horas depois de acabada a última gota, o navio parado lá pelas alturas do Equador, avistou no horizonte um vapor. Quando o mesmo já se achava a distância conveniente para uma comunicação, içaram sinais, telegrafando a sua condição desesperadora: "Estamos morrendo de sede!" Imensa admiração! A resposta que no mesmo instante içou-se no mastro do vapor parecia até uma zombaria: "Água doce aí mesmo. Desçam os baldes!"

Ignoravam que se achavam na poderosa corrente oceânica do Amazonas, e que, em vez de águas salgadas, estavam cercados de água doce. Água doce com fartura infinita!

Pode ser, meu companheiro de viagem para a eternidade, que sua  alma esteja bradando: "Que preciso fazer para me salvar?", e você está desconhecendo totalmente que a doce corrente do amor de Deus está lhe cercando por todos os lados. Desça os baldes! – Guia do Viajante.

 

OCULTAR  FALTAS

 

Um imperador da antiga Macedônia mandou que um pintor lhe fizesse um retrato. O artista percebeu que na fronte do monarca havia uma cicatriz e sabendo que ela fora produzida por golpes que recebera em combate na defesa da pátria, compadeceu-se dele e quis ocultar-lhe a deformação da fisionomia. Como conseguiu fazê-lo? Pintou o monarca com a cabeça recostada à mão, de tal maneira que um dos seus dedos cobrisse a cicatriz. Muitas vezes a missão da caridade consiste em cobrir delicadamente os defeitos alheios.  – Respigando.